
Brasil - Você já abriu o reservatório de expansão do radiador do seu carro e percebeu que o líquido lá dentro era rosa, azul, verde ou até laranja? Embora pareça apenas uma questão estética, a cor do fluido de arrefecimento tem uma função muito importante.
Segundo Jefter Oliveira, especialista em Fluido Automotivo da Tirreno, marca de soluções químicas com tecnologia própria e original, as cores dos aditivos ajudam na identificação de possíveis vazamentos no sistema de arrefecimento. Isso porque, quando há um vazamento, o líquido deixa manchas coloridas nos locais afetados, facilitando a detecção do problema pelo reparador.
Além disso, no caso dos aditivos da Tirreno, a cor também serve para diferenciar a composição química e a tecnologia do produto. Cada cor representa uma formulação específica, o que ajuda a escolher o aditivo mais adequado para cada tipo de veículo.
O que significa cada cor
Seguindo os padrões dos aditivos Tirreno, o fluido verde (IT-C) representa o aditivo de tecnologia inorgânica, mais comum em veículos clássicos e na linha diesel. Ele oferece proteção anticorrosiva, mas, por característica da composição dos sais inorgânicos, possui um período de troca menor quando comparado às demais tecnologias disponíveis no mercado — normalmente a cada 36 meses ou 80.000 km (para a linha leve), 160.000 km (para a linha diesel) e 6.000 horas para equipamentos off-road.
Já o fluido laranja ou avermelhado (OT-C) representa o aditivo de tecnologia orgânica, utilizado em veículos com formação do bloco do motor feito à base de alumínio. Eles fornecem maior durabilidade e são comumente conhecidos como “aditivos long life”, por oferecer maior tempo de proteção — normalmente a cada 60 meses ou 240.000 km (para a linha leve), 480.000 km (para a linha diesel) e 8.000 horas para equipamentos off-road.
Os aditivos de coloração rosa (HT-E) ou azul-esverdeado (HT-A) indicam aditivos de tecnologia híbrida, seguindo os mais altos padrões de exigência das montadoras europeias (tecnologia Si-OAT) e montadoras asiáticas (tecnologia P-OAT), reunindo o que há de melhor na tecnologia inorgânica e orgânica para a formulação de aditivos específicos, capazes de atender aos principais requisitos das montadoras. Ambos seguem a mesma indicação de troca dos aditivos orgânicos: a cada 60 meses ou 240.000 km (para a linha leve), 480.000 km (para a linha diesel) e 8.000 horas para equipamentos off-road.
“Apesar da coloração indicar o tipo de tecnologia, a recomendação unânime é que nunca se misture produtos diferentes, pois isso pode gerar reações químicas indesejadas, reduzindo a eficiência do sistema e colocando o motor em risco”, destaca Jefter.
Pode completar com qualquer fluído?
A recomendação é sempre realizar a troca completa do fluido de arrefecimento, pois completar utilizando produtos com tecnologias e composições diferentes pode gerar incompatibilidades e comprometer o funcionamento adequado do sistema. Essa prática incorreta pode provocar sérios problemas, como o entupimento das galerias do motor, a formação de sais e depósitos, além de afetar diretamente o controle térmico, colocando em risco a durabilidade e o desempenho do motor.
Cuidados importantes na hora da manutenção
A recomendação é verificar regularmente o nível do fluído de arrefecimento — especialmente antes de viagens longas ou em dias mais quentes. Se houver necessidade de completar, utilize um produto de confiança, como o Global Invisible, e evite usar apenas água, o que pode comprometer a proteção contra ferrugem, fervura e congelamento.