Armas de choque na Câmara
Os seguranças da Câmara de Vereadores passarão a contar, em breve, com armas de choque – pistolas taser. São oito profissionais que se dividem em horários diferentes dentro dos gabinetes e também no plenário. Hoje eles têm apenas um cassetete para conter possíveis situações de risco – equipamento considerado ineficaz. “Dias atrás tivemos uma situação inusitada: uma pessoa entrou no prédio e se dirigiu até uma sala, onde mandou a servidora se retirar – ele disse que tomaria conta do espaço”, relata o presidente da Câmara Alécio Espínola (PSC) que autorizou a tomada de preços. O custo de uma pistola taser é de R$ 100, em média. Será preciso também contratar o treinamento aos servidores.
Auditoria engavetada
Uma forte pressão das empresas que administram o transporte público em Cascavel tem ameaçado a auditoria reivindicada desde o início do ano. É o que se debate nos bastidores, pois a prefeitura até o momento não foi atrás da contratação de empresa para levantar essa “caixa-preta” hoje sob total comando de terceirizadas.
Dados na mesa
Mesmo que a prefeitura retome o comando da bilhetagem eletrônica, o vereador Paulo Porto (PCdoB) faz questão da auditoria – esta garantida em reunião com os parlamentares, pelo chefe do Executivo municipal. “Se a prefeitura não contratar em dois meses a auditoria, a Câmara vai fazer”, diz Porto. Os dados são fundamentais para dar transparência as contas e também direcionar os valores das passagens. “A Cettrans é mera coadjuvante, não tem controle de nada”.
Paranhos de olho
Em quase todos os atos públicos, o prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) vem “cantando a pedra” a Câmara de Vereadores sobre os recursos que restarem no orçamento. Ano passado, os vereadores deixaram de gastar R$ 5 milhões previstos. Por enquanto, Espínola não fala em números, mas acredita que será possível fazer economia. As ações estão voltadas a adequar o prédio do Legislativo municipal – que sempre foi problemático. O ex-presidente, Gugu Bueno (PL), havia requerido a troca total do telhado, o que não será feito. Só serão corrigidas algumas falhas e substituído o telhado de polipropileno por vidro. Os espelhos de água também serão transformados em jardineiras.
Consertos
Sem trégua às imperfeições, Paranhos na inauguração da Unidade de Saúde da Família do Bairro Interlagos já estava pontuando os consertos que precisariam ser feitos pela construtora – sem medo de ser tachado de chato, como ele sempre faz questão de ressaltar. “Estamos pagando, temos que cobrar. Em casa somos assim, com obras públicas deve ser o mesmo. Caneta, multa e fazer o que tem que ser feito”.
Gugu prefeito?
No cargo de coordenador regional da Casa Civil, Gugu Bueno não se distancia da política cascavelense. Ele vislumbra no cenário atual a possibilidade de disputar as eleições municipais – desta vez como candidato a prefeito pelo Partido Liberal (antigo PR). Mas Gugu alega ainda que é preciso conversar com “forças políticas, pois é um momento de união”.