Cidade do Leste – Conhecido destino para compristas brasileiros, Cidade do Leste sente os reflexos da crise que assola o lado de cá da Ponte da Amizade. Das 4.300 lojas que funcionavam ano passado do lado de lá da ponte, cerca de mil fecharam as portas por causa da alta do dólar e da crise no Brasil e na Argentina. Entre 5 mil e 6 mil empregos foram perdidos, segundo dados da Federação de Câmaras de Comércio. A reportagem é do “La Clave”, traduzida pelo Portal H2Foz.
O presidente da entidade, Juan Antonio Santamaría, disse que a única maneira de sobreviver comercialmente é tornar as empresas mais competitivas, atualizando as “regras do jogo” para as lojas. “O razoável é dar tempo ao governo para que possa fazer uma análise da situação”, disse, mas afirmou que o setor de Aduanas “deve melhorar sua administração”. “Devemos contar com um comércio transparente para que o país possa desfrutar dos benefícios internacionais e se integre às nações que são apontadas como seguras para investimentos”, disse Santamaría.
Queda de 50%
A presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental de Cidade do Leste, Linda Taiyen, já havia informado que a quedas nas vendas no comércio chega a 50% em relação ao ano passado, o que está provocando recessão e desemprego. E o dólar não para de subir.
O grande temor dos empresários do lado de lá da fronteira era que se instalassem em Foz lojas francas e agravasse a crise. E isso também começa a se confirmar com a vinda de um Dutty Free, que já está contratando pessoal.
Para Linda, cabe ao governo paraguaio apontar soluções, já que o comércio de Cidade do Leste é uma das grandes fontes de emprego da região e, também (apesar da sonegação massiva), contribui para a geração de impostos.