Com uma demanda de 3,3 mil crianças na lista de espera, o prefeito Leonaldo Paranhos (PSC) analisa com a Secretaria de Educação a implantação do “vale-creche” para beneficiar famílias que não têm onde deixar os filhos enquanto estão no trabalho. A possibilidade foi anunciada ontem durante a liberação de dois novos Cmeis (Centros Municipais de Educação Infantil) que serão construídos no Bairro Maria Luiza e no Bairro Esmeralda – juntos, terão capacidade para receberem 400 crianças. “Avançamos, mas queremos avançar para chegar ao máximo de crianças atendidas. Mães que trabalham e precisam deixar os filhos teriam uma ferramenta, o vale-creche, uma maneira imediata para quem está esperando vagas”.
Por enquanto não há estimativas de custos nem os critérios para disponibilizar o vale-creche. A Procuradoria Jurídica ainda analisa os instrumentos legais para implantar o mecanismo e obter uma fonte de verbas para custear a iniciativa.
Com o vale, as mães que trabalham poderiam pagar por educação infantil privada aos filhos. A Promotoria da Infância e Juventude já tem conhecimento da proposta do Executivo municipal, que também terá de passar pela Câmara de Vereadores.
Paranhos declara que, a exemplo de outras cidades da região, como Toledo e Foz do Iguaçu, Cascavel também analisa oferecer apenas meio período de aula no caso da educação infantil – a oferta de vagas deixaria de ser integral, duplicando assim a quantidade de vagas em toda rede. “Foz e Toledo fizeram isso. Ainda não tive esse convencimento. Talvez seria possível a partir das novas matrículas”, explica o prefeito.
Reportagem: Josimar Bagatoli