Curitiba – A Secretaria de Educação tem como meta fazer o Paraná liderar o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), conter a evasão escolar, valorizar os professores e fortalecer as redes comunitárias e a integração entre alunos, docentes, pedagogos, diretores e chefes de núcleos regionais. O desafio contempla um universo de 1,1 milhão de estudantes matriculados nas 2.143 escolas, 63 mil professores, 29 mil servidores e 200 mil aulas/dia.
Os objetivos foram detalhados pelo secretário Renato Feder nessa terça-feira durante reunião de secretariado dirigida pelo vice-governador Darci Piana, no Palácio Iguaçu. “Essas ações têm como meta devolver o protagonismo da Educação do Paraná no País”, afirmou Piana.
Feder explicou as principais ações da pasta nos primeiros meses de gestão, a missão proposta pelo governador Ratinho Junior e apresentou um panorama da Educação. Ele afirma que se todas as diretrizes forem aplicadas o Paraná volta a ocupar o primeiro lugar do ranking nacional de desenvolvimento educacional.
Para o secretário, o principal objetivo é melhorar a aprendizagem em sala de aula, o que passa necessariamente pela valorização dos professores, pedagogos e diretores. Uma das metas é garantir que os servidores usem o tempo e o conhecimento em razão dos alunos, não de questões administrativas.
“O professor é a estrela da Educação. Aqueles que estão em situação difícil, em salas complicadas, com alunos em defasagem, alunos desinteressados, precisam de apoio. E quem vai fazer esse papel é o pedagogo e o diretor. Hoje eles têm investido seu tempo em questões administrativas. Precisamos colocar o diretor em papel de apoio ao professor, à sala de aula. E a Secretaria e os núcleos têm que apoiar as escolas”, enfatizou Feder.
Educação Básica
Na avaliação dos anos iniciais, o Paraná oscila entre a 3ª e a 4ª posições. Nos anos finais, quando a prova é aplicada no 9º ano, o Estado aparecia em 6º com 4,05 no Ideb 2011 e caiu para 7º com 4,65 na avaliação de 2017, atrás de Goiás, Rondônia, São Paulo, Santa Catarina, Acre e Mato Grosso.
No Ensino Médio o gargalo é mais crítico. Em 2009 o Paraná liderava o ranking nacional com 3,92. O Ideb 2017 mostrou que o Estado caiu para 7°, com 3,66.
Segundo Renato Feder, o Estado visa voltar ao topo do ranking com esse trabalho integrado e com as avaliações periódicas da Prova Paraná. “A gente precisa aumentar o aprendizado significativamente. Os alunos do Ensino Médio, por exemplo, numa nota de 0 a 10, estão tirando 3,6. O Ideb vai medir essa intensidade, é um reflexo”, afirmou.
Ações para enfrentar a evasão
O Paraná também concentra altos índices de evasão escolar, explicados por questões demográficas e falta de interesse. Há dez anos o Estado contabilizava 1,7 milhão de estudantes matriculados. Atualmente são 1,1 milhão.
O secretário Renato Feder elencou como prioridades nesse aspecto o envolvimento das escolas e diretores com a comunidade, a necessidade de entendimento das especificidades de cada município e investimentos no ensino técnico.
“Que tipo de ação o Paraná toma quando o aluno falta três, quatro dias seguidos? É preciso avisar rapidamente e trazer esse aluno de volta. Passa pelo controle de frequência que estamos melhorando e também pelo papel do diretor da escola. Ele tem que tomar as rédeas e ir atrás dos alunos”, pontuou Feder.
A estratégia de fortalecimento da relação com os municípios também ataca a evasão. “Temos que apoiar aulas mais dinâmicas para atrair os alunos e os cursos técnicos e profissionalizantes do Ensino Médio. Precisamos oferecer cursos com aderência às demandas das comunidades. Um curso de enfermagem, turismo, radiologia, que se transforma em trabalho, pode atender a necessidade do aluno para ele ficar na escola”, completou.