BEIRUTE – Um grupo rebelde sírio, que recebeu apoio militar dos Estados Unidos, disse estar investigando a decapitação de uma criança em Aleppo, após a divulgação de um vídeo que mostra o menino sendo morto por um homem apontado, por ativistas, como membro do grupo.
As imagens do militante cortando a cabeça da criança com uma faca se comparam às maiores brutalidades cometidas pelo grupo jihadista Estado Islâmico, que matou centenas de prisioneiros na Síria e no Iraque nos últimos três anos.
Antes de ser morto, o menino é visto na caçamba de um caminhão sendo insultado por diversos homens, que o acusam de pertencer a uma facção palestina que luta em Aleppo com apoio do presidente Bashar al-Assad.
? Este é um prisioneiro da Brigada Quds. Eles não possuem mais homens, então hoje nos enviaram crianças? diz um dos homens no vídeo.
O Observatório Sírio para Direitos Humanos informou que os homens no vídeo são combatentes do Movimento Nour al-Din al-Zinki, grupo rebelde que recebeu apoio militar canalizado pela Turquia, incluindo mísseis TOW, feitos nos EUA.
Em comunicado, o grupo denunciou o que descreveu como ?abusos dos direitos humanos que foram compartilhados nas mídias sociais?, que não representam suas políticas ou práticas e que um comitê foi formado para investigação do caso.
? Todos os indivíduos que participarão na violação foram detidos e entregues ao comitê para investigações, de acordo com as padrões relevantes da lei ? diz o comunicado.