A bicampeã olímpica Yelena Isinbayeva se manifestou em tom de desesperança após o Comitê Olímpico Internacional (COI) não modificar, no domingo, o banimento do atletismo da Rússia da Olimpíada do Rio. Mas o treinador da atleta, Evgeny Trofimov, indicou que Isinbayeva ainda não desistiu totalmente de competir no Rio.
Rússia não é banida pelo COI – 24.07
Em entrevista à agência “R-Sport”, Trofimov afirmou que Isinbayeva vai procurar o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos para tentar recorrer do banimento. O COI decidiu não banir os atletas russos da Rio-2016, exceto os de atletismo, que já haviam sido vetados nos Jogos pela Federação Internacional de Atletismo (IAAF). No início deste mês, o Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) havia mantido a decisão da IAAF, negando autorização para 67 atletas do país.
– Depois do que aconteceu, Lena (Isinbayeva) vai recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos porque a decisão foi imprópria para ela e para toda a equipe – afirmou Trofimov.
De acordo com Trofimov, Isinbayeva se surpreendeu com a reação das autoridades russas à decisão do COI de que caberá às federações internacionais autorizar ou não a permanência de esportistas russos em outras modalidades. ?Eles deram de ombros, e foi isso?, disse o treinador.
O ministro dos Esportes russo, Vitali Mutkó, agradeceu ao comitê por não ter proibido a participação de todo o time olímpico do país, como queria a Agência Mundial Antidopagem.
?Estamos agradecidos ao Comitê Olímpico Internacional pela decisão que tomou sobre a equipe nacional da Rússia, que se preparou para competir no Rio de Janeiro?, disse Mutkó.
O único nome russo do atletismo liberado pela IAAF, e que competirá no Rio, é a saltadora em distância Darya Klishina. A IAAF chegou a autorizar também a meio-fundista Yulia Stepanova, delatora do escândalo de doping no país, mas o COI vetou Stepanova.
– Bem, é isso. O fim da nossa luta para competir no Rio. Não voltarei ao posto mais alto do pódio nas Olimpíadas, ouvir o hino nacional da Rússia em minha honra (…). Como dói essa injustiça – escreveu Isinbayeva no domingo.