Cotidiano

Diretor de inteligência no governo Obama nega grampos de Trump

WASHINGTON – O diretor de inteligência nacional na época da eleição norte-americana, James Clapper, negou a existência de qualquer forma de grampo de Donald Trump ou de sua campanha. Ele também disse à “NBC” que não sabia de nenhuma ordem judicial para permitir o monitoramento da Trump Tower em Nova York.

Trump afirmou, neste sábdo, que Obama “grampeou” seu escritório da Trump Tower, em Nova York, antes das eleições de novembro do ano passado. Segundo ele, o ex-presidente liderou uma intervenção ao estilo ?Nixon-Watergate?, numa referência ao escândalo de espionagem política que levou à renúncia de Richard Nixon da Presidência do país nos anos 1970. Por meio de seu porta-voz, Obama disse que jamais ordenou a espionagem de qualquer cidadão americano durante seu governo.

Neste domingo, o presidente Donald Trump pediu ao Congresso que investigue as escutas “com potencial motivação política” de seus telefones durante a campanha eleitoral de 2016, conforme informou a Casa Branca. O presidente eleito quer apurar se a administração de Obama abusou de sua “autoridade investigativa”, como parte das verificações sobre a influência da Rússia nas eleições.

James Clapper, que deixou o cargo quando Trump assumiu a presidência em 20 de janeiro, disse ao canal que “não houve nenhuma forma de grampo em torno do presidente eleito na época, como candidato ou contra sua campanha”.

Ele disse também que, como diretor de inteligência, teria consciência de qualquer “ordem judicial sobre algo assim”.

– Posso negar absolutamente – disse, antes de acrescentar: – Não posso falar por outras entidades autorizadas do governo ou uma entidade estatal ou local.

Alguns relatórios da mídia sugeriram que o FBI havia buscado um mandado do Tribunal de Vigilância de Inteligência Estrangeira para monitorar membros da equipe do Trump suspeitos de contatos irregulares com autoridades russas.

Os comentários de Clapper parecem contradizer os relatórios, que dizem que um mandado foi inicialmente recusado, mas posteriormente aprovado em outubro.

De acordo com a Fisa, a exploração de fios só pode ser aprovada se houver motivo para acreditar que o alvo da vigilância é um agente de uma potência estrangeira. Sendo assim, Obama não poderia legalmente ter ordenado tal mandado.