A comissária Ximena Suarez, uma das sobreviventes da queda do avião da Chapecoense em novembro, disse em entrevista ao ?Fantástico?, que mais de três meses depois do acidente ainda tem pesadelos e dificuldade para dormir. Sem receber há seis meses, ela precisa pagar os tratamentos dos ferimentos e do trauma que sofreu.
– Ainda tenho pesadelos e só consigo dormir com remédios. Me levanto de madrugada, sinto como se tivesse alguém do meu lado – disse.
Na época do acidente, a Lamia, companhia aérea que transportava o time da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, na Colômbia, já não pagava a funcionária há três meses.
Após cinco cirurgias, Ximena foi diagnosticada com estresse pós-traumático, tem uma luxação na coluna e diz que ainda precisa realizar duas operações, no nariz e no tornozelo, além de fisioterapia e atendimento psiquiátrico. Ela criou uma página na internet para pedir doações e entrou na Justiça contra a companhia.
A comissária lembrou, ainda, dos momentos que antecederam o acidente.
– As luzes se apagaram e houve um problema. Mas o piloto já havia dado a ordem para nos segurarmos porque estávamos em aproximação (para pouso).
Ximena é uma das seis sobreviventes da tragédia que deixou 71 mortos e comoveu o mundo. Ela se junta às famílias das vítimas que pedem indenizações pela queda do avião que, segundo relatórios preliminares, estava voando com sobrecarga e combustível insuficiente.