RIO – A Justiça Federal homologou nesta sexta-feira o acordo de delação premiada da diretora comercial da H.Stern, Maria Luiza Trotta. Em depoimento à Polícia Federal logo após a Operação Calicute, ela informou que ia à casa do ex-governador Sérgio Cabral levar joias. Segundo ela, os pagamentos eram feitos em dinheiro vivo. Ela vai começar a prestar depoimento na tarde de hoje. Adriana Ancelmo 17/03
Ela seria ouvida como testemunha de acusação, mas, com a assinatura do acordo, prestará depoimento como colaboradora.
As defesas de Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo e Luiz Carlos Bezerra solicitaram que, com a mudança, o depoimento de Maria Luiza Trotta fosse adiado. O juiz Marcelo Bretas negou o pedido.
– Eu não reconheço às defesas o direito de conhecer com antecedência o teor do depoimento de uma testemunha ou colaborador. Eu nego que exista esse direito. Todos os dias milhares de depoimentos de testemunhas são tomados em fóruns criminais e não ocorre de uma parte ter que conhecer o teor de depoimento com antecedência. A ampla defesa exige que a prova seja colhida com a participação das partes. A prova vai ser colhida hoje, e as partes estão aqui para participar – afirmou o magistrado.
O procurador Sérgio Pinel informou que o acordo de colaboração foi formalizado ontem à noite e, em seguida, enviado ao juízo para homologação.