Cotidiano

Tentativa de ataque em Orly assusta passageiros e retém aviões

PARIS – O ataque frustrado na manhã de sábado no aeroporto de Orly, em Paris, no qual um homem foi morto após roubar a arma de um soldado, deixou passageiros assustados e retidos em aviões. O incidente fechou o segundo maior terminal aéreo francês e fez voos serem desviados, afetando 6 mil pessoas. Três mil foram retirados do local na hora. frança

O incidente ocorreu por volta das 8h30m, perto de uma fila para check-in na zona de embarque. O suspeito de 39 anos conseguiu se esconder numa área reservada antes de entrar em confronto com forças de segurança e acabar baleado por dois militares.

? Estávamos na fila para o check in de um voo para Tel Aviv quando ouvimos cerca de quatro tiros muito perto de nós ? afirmou uma testemunha, Franck Lecam, à AFP.

Você estava no aeroporto de Orly durante o incidente? Fale conosco.

Sofiane Slim, que trabalha na Royal Air Maroc, passava pelo local e achou que se tratasse de um filme ou exercício de treinamento.

? Foi pânico geral. Pessoas corriam para todo lado. Havia poucos policiais.

Hakim, que deveria pegar um voo à Argélia com os pais e a irmã, viu tudo acontecer muito rápido. Estava deixando as malas quando ouviu os disparos.

? Fomos nos proteger à distância enquanto as lojas no local fecharam às pressas. Na hora pensávamos que fosse um ataque. As pessoas não estavam entendendo ? disse ele.

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Enquanto isso, pelo menos 13 aviões que taxiavam ou preparavam para decolar ou desembarcar ficaram retidos. O tráfego aéreo foi completamente interrompido em função do incidente, e voos acabaram desviados para outros terminais fora de Orly. Um dos terminais foi reaberto horas depois.

“Nosso piloto tem humor, diz que não tem mais nenhuma informação. Ainda podemos ficar aqui por mais duas horas”, escreveu a jornalista Isabelle Reynaud.

Ao sul de Paris, Orly é o segundo maior aeroporto da França, ficando atrás apenas do terminal aéreo Charles de Gaulle, também na capital.

A França se mantém desde 2015 em estado de emergência após os ataques coordenados que deixaram 130 mortos e foram reivindicados pelo Estado Islâmico. A Operação Sentinela, da qual faz parte o soldado que teve a arma roubada, foi colocada em andamento naquele ano como parte do decreto do presidente François Hollande.

Os maiores atentados nos últimos anos na França

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