Capanema Mais uma reunião entre representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens e Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu (Copel e Neoenergia) terminou sem acordo. Ontem, cerca de 30 pessoas, participaram de negociações referentes ao caderno de preços, que segundo os atingidas pela usina precisa ser reajustado. A reunião ocorreu no Palácio Iguaçu, em Curitiba.
Conforme o agricultor Sidinei Martini, o empreendedor não apresentou nenhuma nova proposta sobre as indenizações e adiou para hoje à tarde a revisão dos valores. A expectativa é de que os atingidos saiam com uma solução, mas estamos vivendo um clima de guerra, pois não há consenso. A justificativa para mais um dia de discussão, segundo Martini, foi a falta de tempo hábil para a execução de uma nova tabela de preços por parte do Consórcio.
Além da revisão do caderno de preços, estabelecido em setembro de 2013, os atingidos pedem celeridade na compra de terras para reassentamento, a realização do cadastro físico das famílias para que sejam devidamente indenizadas e a oferta de carta de crédito aos agricultores que pretendem comprar individualmente uma nova área. Alguns dos valores ofertados nas indenizações são baixos e não é possível sequer fazer uma benfeitoria no local, comenta Martini.
Comissão
De acordo com Martini, o acordo só será firmado hoje caso a empresa apresente um reajuste no caderno de preços. Os atingidos pedem a correção de 22,79% com base na inflação dos últimos três anos. No entanto, até o momento o consórcio não garantiu nenhuma mudança nos preços. Queremos resolver esse impasse, mas por enquanto as famílias não tem nenhuma garantia, diz o agricultor.