Um promotor do estado de Ohio, nos EUA, disse nesta segunda-feira que nenhuma acusação será movida contra Michelle Gregg, a mãe de um menino de 3 anos de idade que entrou na área fechada dos gorilas no zoológico de Cincinatti, o que provocou a morte de um gorila para que ele fosse resgatado.
O promotor do condado de Hamilton, Joseph T. Deters, fez o anúncio em uma conferência de imprensa em Cincinnati. Ele não respondeu perguntas.
Gregg, de 32 anos, vem enfrentando pesadas críticas públicas e uma investigação de sua vida, exposta em redes sociais. Ela está sendo culpada por deixar que o filho fugisse e entrasse na área dos gorilas. O menino caiu cerca de 3 metros, entrando no local.
Quando o menino caiu na área, o gorila alternou momentos do que parecia uma atitude de proteção com puxões violentos pelo tornozelo. Segundo Thane Maynard, diretor do zoo, a cabeça da criança estava batendo no chão de concreto.
Funcionários do zoológico então mataram o animal para resgatar a criança. Segundo a direção do zoo, um tranquilizante demoraria demais para fazer efeito no animal de 180 quilos, que provavelmente ficaria violento ao sentir o ataque.
Desde então, Gregg e sua família são atacados nas redes. Na manhã desta segunda-feira, uma petição on-line pedindo que a família fosse identificada por negligência infantil tinha meio milhão de assinaturas.
“Faça-os pagar”, escreveu um apoiador da petição.
A família não quis dar entrevistas, mas liberou declarações através de uma porta-voz, Gail Myers. Segundo ela, a família cooperou com a investigação e não tem planos de abrir um processo contra o zoo.
O zoológico enfrentou muitas críticas sobre a sua decisão de utilizar munição real em vez de um dardo tranquilizante, e foi criticado por ter uma barreira de segurança que poderia ser tão facilmente violada por um menino pequeno.
Maynard disse que a droga não teria agido rápido o suficiente em uma situação que a qualquer momento poderia ter virado mortal para o menino. A perfuração de um dardo também apresentaria um risco de assustar o animal, disse ele.
O zoológico tem repetidamente defendido a segurança da barreira em torno do recinto do gorila, observando que até maio ela não tinha sido violada nenhuma vez desde sua inauguração em 1978. Ainda assim, na semana passada, a equipe anunciou que terá uma versão reforçada.