BRASÍLIA ? O ministro Herman Benjamin, corregedor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou o depoimento do ex-senador Delcídio Amaral (sem partido-MS) e do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró nas ações que pedem a cassação da chapa vencedora da corrida presidencial de 2014, formada por Dilma Rousseff e Michel Temer. Amaral e Cerveró são delatores da Operação Lava-Jato e comprometeram Dilma em depoimentos prestados aos investigadores criminais. No processo eleitoral, eles serão interrogados como testemunhas.
Já começou a fase de depoimentos nos processos. Na lista das testemunhas, está o engenheiro Zwi Skornicki, que teria pago propina ao marqueteiro do PT João Santana por meio de conta secreta na Suíça. Também estão entre os depoentes o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco; o lobista Julio Camargo; o dono da UTC, Ricardo Pessoa; o ex-executivo da Camargo Corrêa Eduardo Hermelino Leite; e os ex-executivos da Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo e Flavio David Barra.
No mesmo despacho, que tem a data da última terça-feira, o corregedor determinou que a defesa de Dilma apresente versão resumida do último documento que enviou ao TSE. A manifestação dos advogados sobre a perícia realizada em gráficas supostamente de fachada que prestaram serviços à campanha em mais de oito mil páginas. O ministro não demonstrou interesse em ler todas elas.
?Considerando o volume de mais de oito mil laudas de documentos trazidos aos autos pelo assistente pericial, intime-se a representada Dilma Vana Rousseff para que, no prazo de três dias, indique, expressa e individualmente, quais documentos são relevantes para a análise do objeto da presente ação?, diz o despacho, que leva a assinatura do juiz Bruno César Lorencini, que auxilia Benjamin na condução dos processos.