RIO – Os petroleiros que estão em estado de greve aguardam que a Petrobras apresente uma nova proposta de acordo salarial para a categoria, que tem data-base em setembro. O coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel, explicou que na reunião realizada ontem com dirigentes da companhia foram discutidos os vários pontos em questão desde o índice de reajuste ao endividamento da Petrobras.
? Na reunião, nós mostramos que somos contra os argumentos usados pela companhia para justificar a sua proposta salarial. Não vamos aceitar a proposta feita, pois tem que ter, no mínimo, a reposição da inflação ? destacou Rangel na noite de quinta-feira.
A Petrobras está propondo um reajuste salaria de 4,97% para os salários de até R$ 9 mil e de R$ 447,30 para as demais remunerações. Os 14 sindicatos ligados à FUP pedem a reposição da inflação de 8,97% de setembro do ano passado a agosto deste ano, mais 5% de ganho real.
? Eles (a Petrobras) argumentam que o problema é o endividamento. A dívida da Petrobras é fruto da corrupção. A saída para o endividamento não é vendendo ativos, tem outras. Existem outras receitas para uma empresa que investe R$ 80 bilhões por ano. Estamos esperando que a Petrobras apresente uma contraproposta ? afirmou Rangel.