Zurique – Vista em meio a uma série de escândalos de corrupção, a Fifa anunciou nesta terça-feira que fará grandes mudanças em seu estatuto em prol da transparência. Entre elas, o limite de idade (74 anos) e tempo de mandato (12 anos) do presidente, e também a perda de força do Comitê Executivo. As alterações serão votadas no dia 26 de fevereiro, no Congresso Geral, em Zurique, na Suíça, que também vai eleger um novo mandatário para a entidade.
O Comitê Executivo vai até mudar de nome, passando a se chamar Conselho da Fifa. Segundo comunicado da entidade, ele terá papel de supervisão sobre as comissões permanentes e a administração, mas não deve ter poderes executivos sobre as políticas da Fifa. A ideia é separar a parte política da parte administrativa.
Os membros do Conselho precisarão passar por testes de integridade feitos pela Fifa. Eles serão eleitos pelas associações nacionais nos congressos de cada competição continental. Inclusive, cada uma delas terá que indicar pelo menos uma mulher para o grupo. Além disso, está previsto também nas alterações a divulgação do salário anual do presidente, do secretário-geral e dos integrantes do Conselho da Fifa.
As mudanças também vão fazer que muitas comissões importantes da Fifa tenham integrantes externos, especialistas em seus temas. Um delas, por exemplo, será a Comissão de Finanças. Além disso, o comitê também concordou em mudar um artigo do Código de Ética, o qual hoje em dia permite anunciar somente decisões finais da entidade.
Nesta terça a Fifa também confirmou que a eleição do novo presidente será em fevereiro, como planejado. O anúncio deve ter agradado o presidente da Uefa, Michel Platini. Isso porque um adiamento do pleito daria mais tempo para o francês recorrer da suspensão e então participar da votação para substituir Blatter.
(Com informações do Lance!)