Policial

Construtora dá início à reforma da Penitenciária Estadual de Cascavel

De 20 a 40 presos ajudarão nas obras, que têm duração prevista de 180 dias

Cascavel – Com a alegação de que precisa preservar a segurança na unidade, o Depen (Departamento Penitenciário) não autorizou a imprensa a entrar na PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel) na manhã de quinta-feira (10). Lá dentro, começavam as obras de reforma na unidade, que teve 80% da estrutura destruída pela sangrenta rebelião de agosto do ano passado.

Do lado de fora, a direção da unidade informou que desde a quarta-feira engenheiros da Servo Construções Civis Eireli, de Maringá, já estavam trabalhando. Segundo Ari Batista, que assumiu a unidade há pouco mais de uma semana, a primeira coisa a ser feita é a construção de um portão.

“Toda obra será feita sem contato com a maioria dos presos que estão na unidade. O canteiro de obras será ao lado de onde estava a fábrica, que ficou destruída”.

Na sequência será feita a recuperação do telhado.

“Aí começarão as reformas em outras partes, como celas, instalações elétrica e hidráulica, entre outras”.

De 20 a 40 presos, escolhidos pela direção por bom comportamento, ajudarão nas obras, que têm duração prevista de 180 dias.

“Os detentos receberão 75% do salário mínimo como pagamento, além de remissão da pena”.

Outras obras

Além da estrutura destruída, Ari comentou que a construtora se dispôs a fazer reparos na parte administrativa da unidade.

“Isso não está previsto no contrato. Imagino que será necessário fazer um aditivo, de cerca de R$ 20 mil, para deixar tudo certo, já que na ala em que estão os detentos existem goteiras e precisamos preservar a integridade deles”.

Empreiteiro diz que verba é suficiente

Para o diretor da Servo, José Aparecido da Silva, o valor disponibilizado pelo Governo do Estado – pouco mais de R$ 1,3 milhão – será suficiente para fazer o que está no escopo do projeto.

“A avaliação da estrutura, a verificação do que será necessário foi feita pela Paraná Edificações”.

Questionado a respeito de possíveis aditivos, José Aparecido disse que por enquanto não há nada previsto.

“A Paraná Edificações já fez toda avaliação do que será necessário. Creio que o valor disponibilizado será suficiente, mas imprevistos podem acontecer”.