Guarda municipal fica sem combustível
Foto: Secom

Cascavel - A Secretaria de Segurança Pública de Cascavel esclareceu, na tarde desta quarta-feira (12), a prisão de um agente da Guarda Municipal, detido no início da manhã pelo crime de peculato. O caso foi detalhado em entrevista coletiva concedida pelo secretário da pasta, coronel Lee.

De acordo com as informações, o agente, de aproximadamente 34 anos e com cinco anos de atuação na corporação, foi flagrado com 10 mil dólares em espécie que haviam desaparecido durante uma abordagem realizada por volta das 4h30 na BR-277, nas proximidades do bairro Cascavel Velho. A quantia pertencia ao motorista abordado, um arquiteto que atua em obras no Paraguai.

Após o término da fiscalização, o homem percebeu o sumiço do dinheiro e procurou a Secretaria de Segurança Pública cerca de meia hora depois, por volta das 5h, apresentando documentos que comprovaram a origem legal da quantia.

“É um arquiteto que tem alguns negócios no Paraguai e estava transportando esse dinheiro. Fizemos todo o levantamento, acionamos a gerência geral da Guarda Municipal, a corregedoria, e seguramos todo o efetivo que estava saindo de serviço”, explicou o coronel Lee.

Durante a verificação interna, o montante foi encontrado no bolso do agente, que confessou o crime. Segundo o secretário, o servidor atuou sozinho na ação.

“Enquanto ele revistava o veículo, o outro agente checava os antecedentes e documentos do motorista. Ao princípio, agiu sozinho, e a suposta vítima confirmou isso também”, afirmou.

O agente foi levado à Delegacia da Polícia Civil, onde teve o flagrante lavrado por peculato. Além do processo criminal, a corporação instaurou processo administrativo disciplinar, que poderá resultar na exclusão do servidor, conforme o devido processo legal. “O procedimento administrativo foi determinado e corre em paralelo à Justiça”, destacou o secretário.

Coronel Lee ressaltou ainda que o agente não tinha histórico de conduta irregular e que nunca houve registros de má atuação. “Nunca foi detectado nada. Ele tinha vários graus hierárquicos acima e nunca houve reclamações”, afirmou.

Sobre a quantia apreendida, o secretário reforçou que o dinheiro era legal e estava dentro do limite permitido. “Segundo a vítima, ele recebeu esse valor por obras no Paraguai. Até 10 mil dólares, em espécie, é permitido em praça”, explicou.

Por fim, o coronel destacou que a resposta rápida e transparente demonstra o compromisso da Secretaria com a legalidade e o combate à criminalidade, inclusive dentro da própria estrutura. “Procuramos dar pronta resposta para todos os lados. Combatemos a criminalidade 24 horas por dia. É um fato isolado, uma situação triste, mas todos têm direito ao devido processo legal”, concluiu.