A governadora Cida Borghetti participou nesta quinta-feira (27) do evento que comemorou a conclusão da barragem e do enchimento do reservatório da Hidrelétrica Baixo Iguaçu. A usina construída pela Copel e pela Neoenergia fica no Rio Iguaçu, entre os municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques, divisa entre sudoeste e oeste do Paraná.
Com três unidades geradoras, a usina terá capacidade para gerar 350 megawatts, o suficiente para atender ao consumo de 1 milhão de pessoas. A unidade deve começar a operar em teste em janeiro e entrar em funcionamento definitivo entre março e abril.
Segundo a governadora, o empreendimento vai impulsionar o desenvolvimento de toda a região: “A usina abre um importante leque de oportunidades para a população, um nicho de trabalho nas áreas de turismo e de esportes náuticos. Isso é fruto de um empreendimento que alia desenvolvimento com a preservação ambiental”, disse Cida.
Ela enfatizou a expansão e a capacidade da Copel no segmento de geração de energia e destacou que na quarta-feira (26) participou de eventos que marcaram o início das operações, em fase de testes, do Parque Eólico Cutia Bento Miguel, no Rio Grande do Norte, e da Usina Hidrelétrica Colíder, no Mato Grosso.
Essas duas unidades e mais a Usina Baixo Iguaçu somam R$ 6,6 bilhões em investimentos, têm capacidade de geração somada de 963 megawatts, suficiente para atender 2,7 milhões de pessoas. "Os profissionais da Copel não mediram esforços para colocar em prática toda a expertise da empresa nesses empreendimentos", afirmou Cida.
Recuperação de 2 mil hectares
A hidrelétrica Baixo Iguaçu fica no trecho final do Rio Iguaçu, entre os municípios de Capanema e Capitão Leônidas Marques. A usina teve investimento total de R$ 2,4 bilhões, sendo 30% da Copel. A obra começou em 2013 e, no pico, gerou 3.100 empregos.
O presidente da Copel, Jonel Yurk, lembrou que essa usina é o último grande aproveitamento do Iguaçu e a sexta hidrelétrica do rio. Ele ressaltou que a unidade contribui para o desenvolvimento não só do Paraná como do País, pois, como o sistema elétrico nacional é interligado, a energia vai para vários lugares do Estado e outras regiões do Brasil.
Ele reforçou, também, o impacto da obra sobre o meio ambiente: "Com a formação de uma área de proteção permanente, haverá a recuperação de quase 2 mil hectares de matas, o que ajudará a proteger o Parque Nacional de Iguaçu”.
Iurk afirmou que existem outros rios no Paraná com potencial para construção de hidrelétricas. "O Ministério de Minas e Energia e a Aneel identificaram nos Rios Piquiri e Tibagi potencial para empreendimentos de médio porte”.
Municípios
Capanema e Capitão Leônidas Marques, com áreas abrangidas na construção da Usina Baixo Iguaçu, serão diretamente beneficiados com o aumento na arrecadação de impostos e geração de empregos.
O prefeito de Capanema, Américo Belle, destacou a criação de empregos durante a obra e reforçou o empreendimento como fator que impulsionará o desenvolvimento. “É o maior empreendimento da história do nosso município”, disse Belle.
O prefeito destacou que os repasses de ISS e ICMS ampliarão as possibilidades de investimentos do Município em áreas prioritárias, o que beneficiará diretamente a população. “Baixo Iguaçu será, pelos próximos anos, a maior indústria limpa da nossa região, fonte de geração de recursos financeiros e de empregos na área do turismo", ressalta.
Presenças
Também participaram da solenidade o diretor de geração e transmissão da Copel, Sérgio Luiz Lamy; o presidente do IAP (Instituto Ambiental do Paraná), Luiz Carlos Manzato; o deputado federal Ricardo Barros e o deputado estadual Nelson Luersen; o presidente da Fiep, Edson Campagnolo; e o vice-prefeito de Capanema, Milton Kafer.