Ibema – As mudanças que o Brasil experimenta principalmente nos últimos meses parecem, aos poucos, mexer também com o cotidiano de algumas câmaras de vereadores. Os atos contra a corrupção, que inunda os mais diversos setores da vida nacional, criam uma onda moralizadora e de vigilância poucas vezes vista na história do País. Em Ibema, os vereadores estão atentos a esse novo momento da vida nacional e decidiram contribuir. O município é um dos poucos do Paraná e do Sul onde os parlamentares decidiram reduzir os próprios salários.
O tema foi colocado em pauta e foi aprovado por unanimidade na última sessão, diz o presidente da Casa, Nereu Glaba (PSD). Pela matéria que recebeu anuência dos legisladores, o salário dos vereadores será diminuído em 16,7% e a redução valerá a partir de janeiro de 2017 – poderá seguir congelado então por quatro anos.
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Hoje, o vereador em Ibema recebe R$ 2.760 e a partir da próxima legislatura o valor recuará para R$ 2,3 mil. O mesmo ocorrerá com a remuneração do vice-prefeito, que hoje é de R$ 4,7 mil e a partir do início do próximo ano será de R$ 4 mil. A exceção é o salário do prefeito, que ficará praticamente inalterado nos atuais R$ 11,7 mil mensais.
A explicação para que o salário do prefeito não seja reduzido é simples, diz Nereu. A remuneração do detentor do principal cargo eletivo do município serve de teto base ao que o município pode pagar aos médicos. Por isso, se o valor for menor a esse Ibema, por ser de pequeno porte, terá sérias dificuldades em manter uma equipe de profissionais mínima para atender em suas unidades públicas de saúde. O presidente da Câmara diz que a medida procura melhorar a imagem do poder legislativo junto à comunidade. O gesto cai bem e é recebido com otimismo pela comunidade, principalmente diante do fato de o prefeito, Antônio Rabel, ter sido afastado do cargo há quase um ano devido a denúncias de improbidade administrativa. O interino é Paulo Luiz Pauwelz (PSL).
