RIO ? O apelo do Lollapalooza, tradicionalmente, vai além das atrações que encabeçam a escalação. Assim como em festivais internacionais, o ?miolo? do line-up é recheado por artistas que estão despontando na indústria no momento, com discos elogiados. É o caso da cantora e compositora pop Tove Lo e da banda de indie rock inglesa The 1975, que se apresentam neste sábado no festival, divulgando os álbuns ?Lady Wood? e ?I like it when you sleep, for you are so beautiful yet so unaware of it? (ufa!), respectivamente.
Apesar do nome interminável, o segundo disco da jovem 1975 foi eleito pela tradicional revista ?NME? como o melhor do ano passado ? ?ao longo de 17 faixas e 74 minutos, o grupo de Manchester passa do pop ao post-rock e por tudo o que está nesse meio, com um reflexo fascinante da personalidade desmedida e, muitas vezes, polêmica de seu vocalista, Matt Healy?, descreveu a publicação.
? Nós não ligamos para isso (para as críticas). Não estamos tentando impressionar ninguém, apenas ser o 1975, e somos. Foi assim que as pessoas ouviram falar na banda. Estou mais interessado em como a internet mudou o discurso, em como agora todos têm uma voz. Num mundo onde Donald Trump é o presidente, é muito importante que a banda fale sobre esse tudo o que estamos vivendo agora ? explica Healy, que, junto com o The 1975, fará sua estreia em solo brasileiro.
A sueca Tove Lo, por sua vez, esteve por aqui em agosto de 2015, quando se apresentou em uma festa fechada no Morro da Urca. Na ocasião, apenas alguns fãs conseguirem ter acesso. Agora, com o também elogiado pela crítica álbum ?Lady Wood?, a cantora de 29 anos terá sua ?estreia oficial?, com dois shows ? além do Lollapalooza, ela se apresenta nesta sexta-feira, no Audio Club, também em São Paulo.
? Finalmente, chegou a hora de ver meus fãs brasileiros com o meu próprio show. Volto ao Brasil mais confiante e com um espetáculo mais consistente e atraente ? promete.
Dona de três grandes hits pop ? ?Talking body?, ?Stay high? e, o mais recente, ?Cool girl? ?, Tove Lo chamou atenção naquele show na Urca quando, durante uma dança, levantou a blusa rapidamente. Ao lembrar do episódio, a feminista Tove criticou o tabu por trás da nudez feminina:
? Eu mostro meus peitos por dois segundos e é só do que as pessoas falam, mas, quando um homem faz show sem camisa, ninguém comenta. Foi só um momento divertido com meus fãs, nada demais. Isso também deveria ser natural.