O Comando da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada emitiu no último domingo (17) um comunicado sobre o desaparecimento de nove pistolas da marca italiana “Beretta”. As armas são calibre 9 mm e sumiram da Reserva de Armamento do 33º BIMec (Batalhão de Infantaria Mecanizada), em Cascavel.
Conforme apurado pela reportagem, o local onde são armazenadas as armas foi rompido, e após o furto foi colocado um lacre falso. De imediato, foi instaurado um Inquérito Policial Militar para apurar os fatos.
Segundo a nota da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, a falta do armamento foi notada no começo da tarde de domingo, por volta das 13h50. Assim, os militares que estiveram de serviço no 33º BIMec desde quinta-feira (14) até o momento em que se percebeu a falta das pistolas, foram convocados a voltar para se apresentarem ao quartel e “esclarecer a situação”. Até o fechamento desta matéria, nenhuma pistola havia sido localizada.
Bloqueios
Para tentar localizar as pistolas, todos os militares da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, que compõem a Guarnição de Cascavel, estão em operação por tempo indeterminado. Foram montados pontos de bloqueio nas rodovias estaduais e federais em torno de Cascavel.
A reportagem do Jornal O Paraná esteve na BR-163, poucos quilômetros após o Contorno Oeste, entre Cascavel e o município de Toledo. Lá, os militares fizeram diversas abordagens no intuito de localizar possíveis suspeitos e principalmente as armas. Foram vistoriados os veículos e a documentação dos condutores. Além disso, barracas foram montadas às margens da rodovia, tendo em vista que a operação não tem hora para acabar.
Buscas
Na tarde de ontem (18), o general Evandro Luis Amorim Rocha, Comandante da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, concedeu uma coletiva de imprensa para falar sobre o caso e andamento das buscas.
Conforme o general, os militares não descartam a possibilidade de que as pistolas estejam até mesmo dentro do batalhão, ou em torno do quartel. “Estamos buscando todas as rotas que fossem possíveis de serem utilizadas para que esse material [pistolas] fosse retirado da área do batalhão. Ainda não é possível afirmar que realmente foram retiradas”, afirmou.
Em razão do sigilo das investigações, outros questionamentos não puderam ser esclarecidos, como por exemplo, se ocorreu a vistoria na entrada e saída dos soldados que estavam de serviço, o que é um procedimento padrão do Exército Brasileiro. Contudo, o general disse que foram solicitados os celulares dos militares, e que posteriormente os aparelhos serão devolvidos para que os mesmos possam falar com seus familiares. “Todos estão bem alojados, sendo alimentados, orientados pelos seus comandantes, preparando seus equipamentos, ou participando de operações internas para também auxiliar nas buscas do material que está desaparecido”, disse.
Por fim, Amorim destacou que o trabalho ocorre de forma ininterrupta, com o apoio de outros órgãos de segurança pública. “A Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Polícia Civil estão nos auxiliando nas buscas com pessoal especializado, inclusive com peritos”, finalizou.