Cotidiano

Gastos de brasileiros no exterior têm pior desempenho desde 2009

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BRASÍLIA – Os gastos dos brasileiros no exterior continuam a cair. Os viajantes não gastam tão pouco desde 2009. Em maio, os brasileiros deixaram US$ 1,113 bilhão no exterior. No mesmo mês do ano passado, os gastos foram de US$ 1,414 bilhão.

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No ano, os viajantes gastaram R$ 5,161 bilhões fora do país, 37% a menos do que os R$ 8,291 bilhões de janeiro a maio do ano passado e também o pior resultado desde 2009.

As contas externas fecharam o mês de maio novamente no azul, com um superávit de US$ 1,2 bilhão. Este é o segundo mês consecutivo em que o resultado de todas as trocas de serviços e do comércio do Brasil com o resto do mundo ficou positivo, após sete anos no vermelho. No mesmo mês do ano passado, o resultado havia sido um déficit de US$ 3,4 bilhões.

A virada na contabilidade é resultado de um ajuste imposto pelo mercado financeiro, que aumentou o dólar a cada sinal de deterioração da economia no passado. Com o real desvalorizado frente ao dólar, as exportações ficaram mais atrativas aos empresários e os gastos com compra de máquinas e equipamentos em dólar cai.

Nos cinco primeiros meses de 2016, o déficit das chamadas transações correntes caiu 83% em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a maio, o resultado ficou negativo em US$ 5,9 bilhões. No mesmo período do ano passado, o rombo era de US$ 35,3 bilhões.

CONTAS EXTERNAS

Por conta dos números melhores do que o esperado, o BC reviu a previsão para o déficit das chamadas transações correntes para este ano. A projeção para 2016, que antes era de um rombo de US$ 25 bilhões, caiu para um resultado negativo de US$ 15 bilhões.

Já o lado financeiro dos dados do BC mostra que o investimento direto de empresas no país teve uma leve queda em maio: foi de US$ 6,61 bilhões no ano passado para US$ 6,14 bilhões. Nos primeiros cinco meses do ano, no entanto, houve um aumento: de US$ 25,5 bilhões para US$ 29,8 bilhões. O investimento direto das empresas brasileiras no exterior deu um salto em maio e foi de US$ 857 milhões para US$ 3,3 bilhões.