POLÍTICA

Vitória de Trump pressiona ainda mais o Governo Lula

Implicações da eleição americana para o Governo Lula III. Equilíbrio fiscal e controle da inflação devem ser prioridades - Foto: Reprodução/Instagram Donald Trump
Implicações da eleição americana para o Governo Lula III. Equilíbrio fiscal e controle da inflação devem ser prioridades - Foto: Reprodução/Instagram Donald Trump

Também é unanimidade que o resultado da eleição americana manda recados diretos ao Governo “Lula III”. O equilíbrio fiscal e o controle da inflação tem que ser prioritário para o governo que tem registrado índices como se estivesse em “plena pandemia”. A própria “grande mídia”, simpática ao governo petista, fez coro ontem (6), ao afirmar que a vitória avassaladora de Trump sobre Kamala Harris desaprovaram a política econômica de Joe Biden, além de conferirem o controle da Câmara e o Senado dos Estados Unidos a Trump.

Nas redes sociais, Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, lembrou que há quatro anos os americanos escolhera uma “mudança”, porém, “esses mesmo americanos voltaram às urnas” para reprovar a escolha anterior. Nogueira afirmou que, ao responder perguntas se a vida deles melhorou, se seu salário aumentou e sua casa está mais segura, elegeram Donald Trump como reposta: “Hoje os brasileiros já se fazem as mesmas perguntas. Qual resposta virá das urnas em 2026? Eu tenho um bom palpite”.

E o corte de gastos?

Ainda com a ressaca da eleição de Donald Trump, que obteve vitória mais que convincente, ao falar com jornalistas ao chegar ao Ministério da Fazenda, ontem (6), o ministro Fernando Haddad voltou a falar que as medidas de corte de gastos que estão sendo discutidas pelo governo devem ser anunciadas até o fim desta semana. Segundo ele, as “conversas estão concluídas” e, agora, será dada uma “devolutiva” a Lula sobre o que foi discutido. “Acredito que ontem [terça-feira] nós tenhamos terminado a rodada de reuniões pedida pelo presidente Lula com os ministros das pastas. O dia de ontem foi muito bom. Penso que concluímos todas as conversas”, disse Haddad.

Segundo Haddad, “os ministros todos estão muito conscientes da tarefa que temos pela frente, de reforço do arcabouço fiscal, da previsibilidade e da sustentabilidade das finanças no médio e longo e longo prazo. […] Penso que há um consenso em torno do princípio. A partir dessa devolutiva, o presidente encaminha o endereçamento para o Congresso”.

O ministro disse ainda que, ele mesmo ou Lula ainda vão conversar com os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), antes da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) ser encaminhada ao Congresso.