NOVAS PRAÇAS

Estudo mostra que pedágio vai ficar mais caro e impactar Oeste

Foto: Assessoria
Foto: Assessoria

Cascavel – O resultado de um estudo técnico preliminar, apresentado pelo presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, durante reunião de diretoria da Acic, nesta quarta-feira (16), aciona novo alerta sobre a concessão de rodovias e seus impactos nas economias do Oeste e também do Sudoeste do Paraná. “Alguns aspectos devem ser refletidos pela comunidade, líderes e entidades, porque caso a concessão ocorra como se projeta haverá aumento no número de praças e, consequentemente, valor maior de pedágio para as regiões Oeste e Sudoeste do Paraná, gerando prejuízos à economia e redução da competitividade da nossa produção”.

Dilvo citou que a proposta para os lotes 5 e 6, principalmente, é de aumento no número de praças de pedágio, em comparação ao que se tinha até recentemente, de seis para 11. Três delas deverão ser instaladas na BR-163, em Lindoeste, em direção ao Sudoeste, e em Toledo e Mercedes, em direção a Guaíra e divisa com o Mato Grosso do Sul. As 11 praças cobrirão percurso de 792 quilômetros nas regiões Oeste e Sudoeste do Estado, duas das grandes produtoras de commodities do Brasil.

Mais caro

Dilvo lembrou que os defensores do novo modelo de concessão disseram que haveria, em média, de 20% a 30% de redução nas novas em comparação às antigas tarifas. No entanto, o estudo técnico com as novas praças e os preços considerados para a futura licitação dos Lotes 5 e 6 indicam que haverá aumentos. O acréscimo poderá chegar a até 56,46% (para automóveis), considerando inflação de 17% nos últimos três anos. Para caminhões com seis eixos, a previsão de elevação é de até 35,46%.

Haverá também, na nova concessão, degrau tarifário quando obras estipuladas em contrato forem executadas, a exemplo de duplicações, cujos valores poderão ser acrescidos em 40% sobre a tarifa então praticada, observou o presidente da Associação Comercial e Industrial de Cascavel, Siro Canabarro. “A Acic e outras entidades durante anos se dedicaram aos debates em torno do pedágio. Reafirmamos nossa posição que as tarifas devem ter preço justo para não pesar na economia e não retirar a competitividade das nossas produções”, conforme Siro.

Contratos

A cobrança do pedágio, nas praças do Anel de Integração Rodoviário, deixou de acontecer devido ao término do contrato no fim de novembro de 2021. A renovação dos antigos, como as concessionárias defendiam, não aconteceu devido a inúmeras irregularidades detectadas pelo Ministério Público e Justiça nos contratos originais assinados na metade da década de 1990.