As indefinições sobre as obras de duplicações da BR-163, trecho entre Cascavel e Marmelândia, distrito de Realeza pode estar próxima de uma retomada. Considerada uma das principais rodovias do Brasil, que é utilizada para escoar as safras do Mato Grosso para o sul do país, o trecho em questão já custou mais de R$ 743 milhões aos cofres públicos.
A assinatura do contrato para o início da duplicação dos 74 km ocorreu em 2014, contudo, a obra começou a sair do papel somente 14 meses após a liberação da ordem de serviço, em 2016, a duplicação deveria ter sido concluída em 2018. Contudo, 10 anos depois, as obras ainda não foram finalizadas. Desde a assinatura do contrato, quatro governos passaram por Brasília (Dilma, Michel Temer, Bolsonaro e agora Lula).
O trecho de pouco mais de 74 quilômetros, encontra-se com avanço financeiro de 84%, porém, as obras estão paralisadas desde 2020, após o DNIT realizar a rescisão do contrato com a empresa Sanches Tripoloni, que era responsável pela execução dos trabalhos. Dos 74 km de extensão, mais de 30 km já foram entregues e estão em operação. Em 2022, durante o Governo Bolsonaro, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes), realizou licitação para contratar empresa para realizar obras de conservação, manutenção e liberação de trechos que já estavam duplicados e necessitavam apenas de pintura para liberar os trechos.
Nova licitação
Agora, dois anos após o início do Governo Lula, o DNIT anunciou a abertura da concorrência eletrônica com o objetivo de contratar uma empresa especializada para a elaboração dos projetos básicos e executivos de engenharia necessários para a retomada das obras de duplicação e restauração de pista.
Segundo o edital, o projeto terá um único lote, que cobrirá o trecho entre o entroncamento das BR-280/373 até a divisa entre Paraná e Mato Grosso do Sul, próximo à Ponte sobre o Rio Paraná, em Guaíra. O subtrecho a ser duplicado e restaurado é especificamente entre a entrada da PR-182 (Marmelândia) e a entrada da BR-277 (Cascavel), compreendendo o segmento entre o km 123,22 e o km 198,18.
O projeto inclui algumas mudanças no traçado original, elaborado ainda em 2014, quando todo o processo começou. Foi considerado acréscimo de 20%, totalizando 31,61 km, para abranger todos os retornos e acessos necessários.
Uma das principais alterações será no trecho entre Lindoeste e Santa Lúcia, próximo a comunidade de Cerro Azul, que deverá ser construindo um retorno. Além disso, será construído um contorno em Lindoeste, incluindo a finalização da travessia urbana de Santa Lúcia e Capitão Leônidas Marques.
O valor total estimado para a contratação é de R$ 3.761.155,13, com base no orçamento de outubro de 2023.
Prazo e execução
O prazo de execução do projeto será de 309 dias, com um prazo de vigência contratual de 489 dias, contando a partir da assinatura do contrato. A contagem do prazo para execução será iniciada a partir da emissão da ordem de serviço, e a vigência do contrato será contada desde a sua formalização. Segundo o edital, há a possibilidade de prorrogação do contrato.