OESTE

Terra Roxa e Guaíra: Produtores cobram ação contra paraguaios invasores

Na semana passada, a PF enviou uma equipe à Fazenda Brilhante para iniciar as negociações para retirada pacífica das famílias invasoras
Na semana passada, a PF enviou uma equipe à Fazenda Brilhante para iniciar as negociações para retirada pacífica das famílias invasoras

Confirmando a declaração feita de forma recorrente pelo presidente da FPA (Frente Parlamentar da Agropecuária), Pedro Lupion, as cinco áreas invadidas em Terra Roxa e Guaíra contam com muitos paraguaios entre os indígenas. A informação foi confirmada na tarde de ontem pela equipe de reportagem do Jornal O Paraná, juntamente com produtores rurais ligados ao Sindicato Rural de Terra Roxa.

Ao contrário de informações divulgadas na quarta-feira, dando conta de que as áreas invadidas começaram a ser desocupadas pela Polícia Federal, indígenas e paraguaios permanecem acampados. “Não vi nenhuma movimentação nas últimas horas nas áreas em relação à desocupação”, comenta uma das fontes, que prefere não se identificar.

Pelas informações apuradas, a reintegração de posse deve ocorrer até sexta-feira (2). Por outro lado, há notícias circulando de que os invasores preparam para as próximas horas o bloqueio das rodovias BR-272 e 163 para dificultar as ações.

Na semana passada, a Polícia Federal enviou uma equipe à Fazenda Brilhante para iniciar as negociações para retirada pacífica das famílias invasoras. De acordo com a PF, o prazo para que os paraguaios deixem o local expira nesta quinta-feira.

Em recente encontro, o governador do Paraná, Ratinho Jr, pediu celeridade por parte do governo federal para o cumprimento das reintegrações de posse. “Deixei muito claro que, se o governo federal não fizer as integrações, o Governo do Estado vai ser obrigado a entrar na Justiça para ter o direito de fazer a integração de posse, porque nós não vamos admitir que os índios paraguaios invadam terras privadas”.

Cobrando soluções imediatas, o governador do Paraná participou na segunda-feira de uma teleconferência com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

A Funai, Fundação Nacional do Índio, também se manifestou por meio de nota, afirmando que tem priorizado o diálogo na tentativa de mitigar as tensões no campo, “para colocar um fim aos conflitos e preservar a vida dos indígenas”.

NOTA DA PF

Nesta quarta-feira, a Polícia Federal encaminhou nota para a imprensa. Diz o seguinte:  “A PF está conduzindo ações lideradas por negociadores de crise experientes e especializados, para o cumprimento das decisões judiciais de forma pacífica. Nesta fase, algumas informações que possam comprometer nossas ações ou acirrar ainda mais os ânimos entre os envolvidos não serão divulgadas. Com relação ao encerramento dos prazos concedidos pela Justiça Federal, ainda não há decisão judicial determinando a desocupação das áreas ocupadas pelos indígenas com o uso da força”.