Esportes

Cerimônia tem agradecimento aos ?fantásticos cariocas?

Após 12 dias, a pira se apagou. Uma centena de cataventos, que se movimentam com a força do vento, assim como a pira enfeitada pela escultura de Anthony Howe, finalizaram, de forma simbólica, os Jogos Rio-2016. E não faltaram homenagens na cerimônia de encerramento, que celebrou atletas de todos os países, incluindo o ciclista iraniano, Bahman Golbarnezhad, de 48 anos, que morreu no sábado, após grave acidente durante a disputa da prova de estrada.

Ele foi citado logo no início do discurso de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio-2016. Phillip Craven, presidente do Comitê Paralímpico Internacional, pediu um minuto de silêncio ao atleta, enquanto a imagem dele aparecia no telão.

CERIMONIA DE ENCERRAMENTO

? Muito obrigado, cariocas. Vocês mostraram ao mundo que, com uma atitude positiva, tudo passa a ser absolutamente possível. A memória mais preciosa desses Jogos é a lembrança de vocês, os fantásticos cariocas ? disse Craven, que, durante o discurso, agraciou a cidade do Rio com a medalha da ordem paralímpica. ? Vocês, atletas paralímpicos, devem se orgulhar. Cidade Maravilhosa… coração do meu Brasil ? encerrou, Craven, em um português titubeante.

Nuzman enalteceu o sucesso dos Jogos e o público carioca, além de desejar sorte a Tóquio.

? Estamos aqui em um momento histórico, fechando um momento mágico. O povo brasileiro mostrou coragem, garra e determinação. Brasileiros nunca desistem. Contagiamos a todos com a nossa torcida. A melhor torcida do planeta é carioca. Recebemos o mundo com alegria e solidariedade e renovamos o nosso orgulho de sermos brasileiros ? falou o dirigente. ? Vocês (atletas paralímpicos) são super-heróis. Quando vejo vocês, a minha alma canta. Terminamos esse jornada com orgulho. Realizamos Jogos Olímpicos e Paralímpicos que ficarão para sempre na história do esporte mundial. Parabéns, Rio; parabéns, Brasil. Boa sorte, Tóquio.

Os atletas Ibrahim Al Hussein e Tatyana Macfadden também viveram um momento especial na festa ao receberem o prêmio Whang Youn Dai, que faz referência à médica diagnosticada com paralisia infantil aos 3 anos, das mãos do presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, Andrew Parson. Ela é homenageada nas festas de encerramento dos Jogos Paralímpicos desde Seul-1988. A sul-coreana é vice-presidente do Comitê Nacional Paralímpico de seu país e se dedica a ajudar pessoas com deficiência desde que conseguiu se formar.

E o brasileiro Ricardinho, do futebol de 5, ganhou o seu momento especial: teve a honra de levar a bandeira do país na festa. O brasileiro Ricardinho, que ao lado de Jefinho foi tetracampeão paralímpico, teve ajuda do chamador Luis Felipe Gomes para percorrer o percurso, em meio ao público formado pelos atletas que estavam no gramado do Maracanã desde o início da cerimônia. Ele guiou o atleta, como faz nos jogos de futebol.

Ricardinho, que foi o autor do gol que deu ao Brasil o quarto ouro, teve ano de incertezas por causa de uma grave lesão na fíbula e uma cirurgia dos ligamentos. Ele ficou parado durante cinco meses e só voltou aos treinos quinze dias antes do início dos Jogos.