BRASÍLIA – O Ministério Público Federal (MPF-DF) pediu a abertura de inquérito policial para apurar possíveis irregularidades praticadas pelo ex-ministro da Comunicação Social Edinho Silva, o laboratório farmacêutico EMS e o ex-senador Delcídio do Amaral. Em depoimento em delação premiada, Delcídio disse que foi orientado por Edinho a recorrer à ajuda financeira da EMS para pagar despesas de campanha eleitoral
O caso chegou ao MPF depois de uma decisão do relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Teori Zavascki, que determinou que a investigação fosse enviada à primeira instância. O ministro considerou dois aspectos: a perda da prerrogativa de foro por parte dos envolvidos e o fato de o tema não possuir relação com as irregularidades apuradas em Curitiba.
Na delação, o ex-senador afirmou ter recebido do ex-ministro – na época, tesoureiro da campanha pela reeleição de Dilma Rousseff – a promessa de pagamento de propina. Ainda, de acordo com Delcídio, o dinheiro seria usado para quitar contas da campanha. Em 2014, Delcídio do Amaral disputou o cargo de governador de Mato Grosso do Sul.
O caso passará a ser conduzido de forma conjunta entre MPF e Polícia Federal. Edinho Silva negou participação no esquema de caixa dois, e a empresa farmacêutica também.