RIO – O desfile de Gisele Bündchen em direção a Daniel Jobim ao som de “Garota de Ipanema” arrancou suspiros do público e da mídia internacional durante a cerimônia de abertura dos Jogos Rio-2016 na sexta-feira. Mas, ao que parece, a hipnose provocada pela ubermodel na passarela em que se transformou o Maracanã não ocorreu da forma como a organização esperava. gisele
Em entrevista ao programa “Timeline Gaúcha”, da Rádio Gaúcha, nesta segunda-feira, Fernando Meirelles, um dos diretores da festa, afirmou que a travessia de 128 metros da modelo foi mais lenta do que o esperado.
“A Gisele Bündchen errou, por exemplo. A gente combinou uma velocidade e ela andou um pouquinho mais lento. Eu acho que ela estava empolgada”, contou o cineasta. Ele comentou ainda que uma cena de Gisele com Tom Jobim que estava prevista não aconteceu justamente por conta do ritmo do andar da gaúcha em sua aparição.
“Ela foi mais devagar, a música acabou e não deu tempo pra ela fazer a cena”, soltou o diretor, complementando que “todos os ensaios foram péssimos”.
Meirelles comentou ainda a suposta ameaça de processo da família de Vinicius de Moraes, que estaria descontente sobre o “esquecimento” do compositor, que assina o clássico “Garota de Ipanema” ao lado de Tom Jobim.
“A ideia era uma homenagem aos anos 60, e escolhemos Tom Jobim. Não que o Vinicius não seja um cara sensacional. A gente pagou os direitos, certamente a família recebeu a parte dele. Não sou obrigado por lei a homenagear alguém”, disse.
Sobre o fato de o nome do presidente interino, Michel Temer, não ter sido anunciado, o cineasta disse que ficou surpreso com a quebra de protocolo: “Tomei um susto na cadeira. Foi uma surpresa até para mim. Depois fiquei sabendo que foi um pedido do pessoal dele, provavelmente por saber que haveria vaia”.