SÃO PAULO. A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira Marcelo Maran – um dos acusados de participação no esquema de desvio de recursos montado no Ministério do Planejamento por meio da empresa de software Consist -, por tentativa de coagir uma testemunha do caso. A ação da PF foi divulgada pelo Ministério Público Federal (MPF) nesta sexta-feira.
Maran é sócio do advogado Guilherme Gonçalves, acusado pela Polícia Federal de ser responsável pela contabilidade de fundo mantido com recursos de propina da empresa de software, beneficiada no governo do PT. O dinheiro era usado para pagar fornecedores do PT e despesas pessoais do ex-ministro Paulo Bernardo, também réu na mesma ação por integrar organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção.
De acordo com o MPF, Maran procurou o irmão de uma das testemunha de acusação do caso, que havia trabalhado no escritório de Guilherme Gonçalves, para pedir que ele mudasse o depoimento à Justiça.
Em petição, os procuradores federais responsáveis pelo caso escreveram que ?a ameaça, embora destinada ao irmão do depoente, possuía clara e certa finalidade: fazer com que a testemunha alterasse seu depoimento e deixasse de incriminar Marcelo Maran?.
O pedido foi deferido pelo juiz da 6ª Vara Federal de São Paulo, Paulo Bueno de Azevedo. Até o fim da tarde desta sexta-feira, os advogados de Maran não tinham sido localizados para comentar a ação.