CARACAS – Um recurso do líder da oposição Leopoldo López contra uma sentença de 14 anos de prisão por seu papel nos protestos anti-governo dois anos atrás foi rejeitado por um tribunal venezuelano, disse na sexta-feira um advogado que o representa.
A Anistia Internacional criticou a decisão da corte, dizendo que López é vítima de “uma caça às bruxas”.
“É uma nova mancha no trágico histórico de direitos humanos no país”, indicou a organização em um comunicado.
López se tornou célebre entre os opositores do governo do presidente Nicolás Maduro, que o acusam de violar direitos humanos. O governo dos EUA, as Nações Unidas e grupos de direitos internacionais pediram a libertação do opositor.
A condenação em 2015 estragou uma breve reaproximação entre Caracas e Washington, meses após os dois lados terem começado discussões para acabar com mais de uma década de discórdia.
López estava na vanguarda das manifestações exigindo a renúncia de Maduro. Quarenta e três pessoas morreram durante os protestos.
Ele pediu publicamente uma resistência pacífica contra o governo Maduro e ficou preso durante maior parte da agitação.
Os críticos dizem que seu julgamento foi uma farsa e López, que Maduro diz ser um criminoso perigoso, foi preso para sufocar a dissidência. Um promotor fugiu do país dizendo que foi pressionado a incrimá-lo. A acusação afirmou que López enviou mensagens subliminares para incitar a violência.