BRASÍLIA – Por 48 votos a 12, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara rejeitou recurso do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que tentava retardar o processo por quebra de decoro parlamentar. Assim, o caso poderá ir para votação no plenário, que decidirá se cassa ou não o mandato do parlamentar. Mas isso deverá ocorrer somente em agosto, após o fim do recesso branco da Câmara. Antes da votação na CCJ, Cunha já tinha anunciado que, caso derrotado, recorreria à Justiça.
Inicialmente, em votação simbólica, a CCJ rejeitou o relatório do deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF), que determinava uma reanálise do caso pelo Conselho de Ética da Câmara, como desejava Cunha. Mas os aliados do ex-presidente da Câmara pediram votação nominal, em que fica registrado como cada deputado votou. Minutos depois, saiu o resultado, sacramentando a derrota de Cunha.
Pouco antes da análise do relatório, Cunha voltou a acusar seus adversários de agirem por vingança, se omitindo em casos de outros parlamentares – sejam deputados, sejam senadores – com muitos processos na Justiça.