Cotidiano

Quem mais lucraria se Trump construísse muro? Uma empresa mexicana

209403448.jpgCIDADE DO MÉXICO, NOVA YORK E BOSTON – Uma das maiores beneficiadas caso Donald Trump se eleja presidente dos Estados Unidos e cumpra sua promessa de campanha de construir um muro na fronteira com o México pode ser uma empresa que fica, justamente, do outro lado: a Cemex.

A maior fabricante de cimento das Américas seria a ?melhor posicionada? para lucrar com um projeto de construção assim, segundo um relatório da Sanford C. Bernstein. Outras possíveis beneficiadas incluem mais uma mexicana, na qual a Cemex tem uma fatia, a Grupo Cementos de Chihuahua, e ainda Martin Marietta Materials, Vulcan Materials e CalPortland.

?Por mais cômico que o projeto do Muro Trump soe (para nós pelo menso), ele representa uma oportunidade enorme para aquelas companhias envolvidas em sua construção?, disse Phil Roseberg, que liderou os analistas da Bernstein que escreveram o relatório.

De acordo com o documento, o projeto enriqueceria os fornecedores de material de construção na região da fronteira. A divisória provavelmente imitaria o desenho da barreira que separa Israel da Cisjordânia, e que, na maior parte, foi construída com painéis de concreto pré-moldado, dizem os analistas, que estimam o custo potencial do muro de Trump em US$ 15 bilhões ou mais.

Jorge Perez, um porta-voz da Cemex, não quis comentar o assunto. Representantes de Martin Marietta, Vulcan e CalPortland, uma unidade da japonesa Taiheiyo Cement não estavam imediatamente disponíveis para comentar.

Construir a barreira demandaria cerca de 7 milhões de metros cúbicos de concreto, o que poderia custar mais de US$ 700 milhões pelos preços atuais, segundo o relatório. Os cálculos levam em conta uma estrutura que se estenderia por 1.600 quilômetros, com mais de 12 metros de altura, e se aprofundando na terra por cerca de 2 metros com uma espessura de 25 centímetros.