SÃO PAULO. A Polícia Federal indiciou por corrupção passiva e organização criminosa Glauco Legatti, ex-gerente da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A PF atribui a Legatti suposto envolvimento no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato na Petrobras.
Além de Legatti, outro que foi indiciado é Shinko Nakandakari, apontado pelo Ministério Público Fderal (MPF) como operador financeiro, que tem acordo de colaboração com a força-tarefa da Lava Jato, por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e pertinência a organização criminosa; e Erton Medeiros Fonseca pelos mesmos três crimes. Fonseca era diretor da Galvão Engenharia.
A decisão do indiciamento, da delegada Renata da Silva Rodrigues, é de 26 de dezembro.
De acordo com a PF, Legatti recebeu propinas alcançadas por Shinko Nakandakari, operador financeiro da Galvão Engenharia, para obter benefícios e concessões no âmbito do contrato da RNEST nos anos de 2013 e 2014.
“Com o ato de indiciamento, e já constante dos autos elementos de informações que possibilitam um juízo positivo do cometimento dos delitos ? ao menos quanto ao pagamento de vantagens indevidas operacionalizado por Shinko Nakandakari, a pedido de Erton Fonseca, em favor de Shinko Nakandakari, pela concessão e manutenção de benesses no âmbito da RNEST ?, entendo esgotadas as diligências cabíveis na esfera policial”, diz a delegada.