WASHINGTON ? No dia em que o governo do presidente Donald Trump anunciou um plano para reforçar o controle migratório nos EUA, um cartaz bastante significativo surgiu na Estátua da Liberdade, em Nova York. “Refugiados bem-vindos”, diz a mensagem que apareceu no monumento na tarde de terça-feira. Autoridades agora investigam quem foi o responsável pela ação. trump
O cartaz tem um metro de altura e seis metros de comprimento e foi instalado na parte superior do pedestal da estátua. A placa, um sinal de protesto às novas políticas implementadas pelo governo republicano, foi retirada cerca de uma hora mais tarde.
É proibido fixar qualquer coisa no monumento, que é um dos mais famosos do mundo, segundo Jerry Willis, porta-voz do Serviço de Parques Nacionais dos Estados Unidos.
Na terça-feira, algumas horas antes, o Departamento de Segurança Interna revelou seu plano para reforçar o controle sobre os imigrantes ilegais no território americano. Em memorandos com orientações a agências-chave, o governo federal ampliou os critérios para definir quem pode ser deportado ou preso caso viva sem documentos no país.
As medidas são o mais recente passo de Trump, que, desde a sua campanha eleitoral, adotou um discurso altamente anti-imigratório e populista.
Os documentos instruem as agências a ampliar as categorias de imigrantes sujeitos a deportações ou detenções em comparação às regras estabelecidas pelo governo do ex-presidente Barack Obama. Por exemplo, as autoridades migratórias agora deverão remover qualquer imigrante ilegal que tenha cometido um delito ? até mesmo crimes menores, como fraudes ou, nas palavras dos memorandos, abusos de programas relacionados ao recebimento de benefícios públicos.
A medida é uma importante mudança em comparação à política adotada por Obama. No governo do democrata, a prioridade era deportar os imigrantes irregulares que cometessem crimes considerados graves, e não crimes menores.
Além disso, as deportações imediatas, em que os imigrantes quase não têm acesso a recorrer a procedimentos judiciais, também se tornam mais fáceis de executar. No novo governo, qualquer pessoa sem documentos que não puder provar que vive nos Estados Unidos continuamente há mais de dois anos estará sujeito à deportação imediata.
Na era Obama, as regras eram bem diferentes: a política podia ser aplicada apenas em áreas a 160 quilômetros de distância da fronteira para quem tivesse chegado ao país nas duas semanas anteriores. Em cinco pontos, o que prevê o novo plano de deportações de Trump