Cotidiano

Em novo formato, Calendário Campari tem Clive Owen

Floyd&YoungBarteller_LR.jpgROMA – Em setembro do ano passado, Clive Owen passou alguns dias infiltrado no reservadíssimo speakeasy Jerry Thomas, em Roma, aprendendo truques de coquetelaria para interpretar seu próximo personagem, um bartender que prepara drinques inspirados na personalidade dos clientes, certo de que há sempre uma história por trás de um trago.

Floyd, um homem que se parece com tantos outros, é o protagonista de ?Killer in Red?, o curta-metragem que abre o projeto ?Red Diaries?, o novo conceito do Calendário Campari.

? Nunca tinha feito um coquetel, mas sou um bom aprendiz ? disse Clive, revelando que seu drinque preferido é o boulevardier. ? Não usei dublê. Os coquetéis que sirvo no filme foram preparados por mim.

Paolo Sorrentino assina a direção da história de atmosfera noir, filmada no estúdio Cinecittá, o mesmo dos filmes de Federico Fellini.

? O bar é um set dirigido por pessoas ? filosofa o italiano e vencedor do Oscar com ?A Grande Beleza?.

ESPERE ENQUANTO VOCÊ ESCUTA UMA HISTÓRIA

Gim infusionado com camomila, vermute branco, Grand Marnier, Campari e um toque de essência de rosas, servido numa taça coupê. Em apenas cinco ingredientes, ?Killer in Red?, carrega uma história de mistério, paixão, sedução e decepção. Mas esse é apenas o início da viagem pelo universo vermelho e intenso da marca.

Em sua 18º edição, pela primeira vez o Calendário Campari deixa de ser apresentado em fotos, não traz modelos exuberantes, assume o formato de filme e vai em busca de histórias por trás dos drinques. A direção, fresca e elegante, é do jovem Ivan Olita, considerado o novo Sorrentino.

O roteiro e o cenário são um só. O que faz cada filme diferente é a história que surge da coqueteleira de alguns dos melhores bartenders do mundo, como a americana Julie Reiner, o inglês Jim Wrigley e a alemã Betina Kupsa. Os protagonistas são os 12 coquetéis criados por eles.

Brasileira radicada em Sidney, Thalita Alves abre o ano dos filmes, publicados no canal YouTube da Campari, representando a Austrália. Inspirado na história de Anita Garibaldi, seu drinque resgata as raízes brasileiras e combina o aperitivo italiano, cachaça envelhecida, sucos de laranja sangrenta e de limão, xarope de macadâmia e manjericão.

? Meus coquetéis são uma forma líquida de contar histórias ? diz a ex-bailarina e atualmente bartender no Bulletin Place, bar conhecido por ter uma carta curta de coquetéis inéditos todo dia. ? Combinar ingredientes é como criar uma sequência para uma coreografia. É parte do processo criativo escolher uma mensagem e transformá-la em movimento.

* Marcella Sobral viajou a convite da Campari.