
Autor principal da pesquisa, publicada na revista ?Earth?s Future?, da União de Geofísica dos EUA, Steven Desch afirma que as bombas poderiam acrescentar um metro extra de gelo marinho para a atual camada do Ártico, que hoje raramente supera 3 metros de espessura.
? Um gelo mais espesso significaria gelo mais duradouro. Por isso, o risco de desaparecimento de todo o gelo do mar seria reduzido significativamente ? explicou Desch ao jornal britânico ?Observer?.
De acordo com Desch, o planeta está se aquecendo duas vezes mais rápido do que previam os modelos climáticos há poucos anos. O pesquisador acrescenta que as metas anunciadas por líderes globais para redução das emissões de gases-estufa não serão suficientes para conter o aumento da temperatura da Terra. Com isso, o mar ártico pode ficar completamente sem gelo durante o verão ainda na década de 2020.
? Parece que nossa única estratégia no momento é dizer às pessoas para que deixem de queimar combustíveis fósseis ? analisou o pesquisador. ? É uma boa ideia, mas precisaremos de muito mais do que isso para impedir que o gelo marinho do Ártico desapareça.