O Tribunal de Cassação egípcio anulou nesta terça-feira uma condenação à prisão perpétua contra o ex-presidente islamita Mohamed Mursi, e ordenou um novo julgamento no caso que envolve acusações de espionagem a favor do grupo palestino Hamas, do Hezbollah libanês e do Irã.
Na semana passada, a Justiça do Egito revogou uma sentença de morte contra Mursi em um caso separado, o que significa que ele não enfrenta mais a execução.
Mursi foi um dos 22 altos membros e apoiadores da Irmandade Muçulmana condenado ano passado. O tribunal também anulou as penas contra vários dirigentes da grupo. A decisão do Tribunal de Cassação anula todas as condenações no caso, incluindo prisões perpétuas contra Mohamed Badie, o Guia Geral da Irmandade Muçulmana e outros 15.
Eleito democraticamente após a revolta de 2011, Mursi foi derrubado em meados de 2013 por Abdel Fattah al-Sisi após protestos em massa contra seu governo, e foi imediatamente preso. Ele permanece na prisão em uma convicção de espionagem separada.