Opinião

Possibilidade de aumentos de impostos colocam indústria do Paraná em alerta

Federação alerta para inibição de investimentos industriais e aumentos de preços para o consumidor
(Crédito da foto: Gelson Bampi/Sistema Fiep)
Federação alerta para inibição de investimentos industriais e aumentos de preços para o consumidor (Crédito da foto: Gelson Bampi/Sistema Fiep)

Possibilidade de aumentos de impostos coloca indústria do Paraná em alerta

 

Medidas recentes tomadas pelo governo federal ou aprovadas pelo Congresso Nacional, além de anúncios realizados em nível estadual, colocaram a indústria paranaense em alerta sobre a possibilidade de aumento da carga tributária. Um panorama que, para a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), pode comprometer a competitividade do setor, desestimulando investimentos e a geração de empregos, além de afetar o poder de compra dos consumidores e a economia como um todo.

 

No Estado, a preocupação é com o possível aumento da alíquota do ICMS, de 19% para 19,5%. “Pode parecer pouco, mas o ICMS do Paraná já teve um reajuste de 1 ponto percentual neste ano. Esse novo acréscimo gerará aumento nos custos de serviços essenciais para a população e para os processos produtivos, elevando preços e pressionando o processo inflacionário”, explica o coordenador do Conselho Temático de Assuntos Tributários da Fiep, Guilherme Hakme. A Fiep mantém diálogo com o governo para demonstrar os prejuízos que ela causará.

 

Medidas federais

Medidas recentes em esfera federal também preocupam a indústria do Paraná. A principal é o veto imposto pela presidência da República a um Projeto de Lei que prorrogava a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores. “A desoneração tem sido essencial para a geração de empregos. Os setores que permaneceram com a folha desonerada tiveram crescimento de emprego da ordem de 15,5%, ao passo que nos setores retirados da desoneração o crescimento foi de apenas 6,8%”, afirma Hakme.

 

Outro sinal de alerta surgiu com a inclusão de uma emenda no projeto da Reforma Tributária que prorroga benefícios fiscais a montadoras de veículos das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Em nota, a Fiep afirma que a medida “tem o potencial de destruir toda a cadeia automotiva localizada nas regiões Sul e Sudeste”, afetando a atração de investimentos desse setor, um dos mais relevantes da indústria do Paraná. Em ambos os casos, a Fiep busca articulação com parlamentares paranaenses para tentar reverter as medidas no Congresso Nacional.