Cascavel – A draga utilizada no trabalho de desassoreamento do Lago Municipal de Cascavel há seis meses vai ser transferida de ponto. A mudança dos equipamentos começou ontem (21) e deve ser concluída em até 20 dias, na reta final da limpeza do reservatório. O equipamento será deslocado para o braço que fica nas proximidades da área do Exército que levará os resíduos por meio de uma tubulação de 3,5 mil metros de extensão até o terreno do Município na divisa dos bairros Maria Luiza e Cascavel Velho.
Segundo a assessoria de imprensa da Sanepar, estatal responsável pela obra, o prazo é necessário porque terá que ser transferido todo o maquinário e também a tubulação, que transporta os sedimentos até a área no Cascavel Velho, para a outra margem do lago. Até agora foram sugados 88% dos 21 mil metros cúbicos de resíduos previstos para serem retirados. Mesmo com os atrasos provocados pelas chuvas e pela quantidade de lixo acumulado, principalmente na área próxima à ponte, o cronograma de término das obras de desassoreamento se mantém para o fim deste ano.
O desassoreamento é composto por seis fases: elaboração dos projetos e licenciamento ambiental; preparação da área no Cascavel Velho para recepção do material dragado; instalação e testes da tubulação de transporte dos resíduos; montagem do canteiro e instalação dos equipamentos de dragagem; sucção dos sedimentos do lago; e instalação da proteção das encostas (rip rap) e das contenções nas entradas de água do lago.
Cronograma
Conforme a Sanepar, ainda serão feitas obras complementares de recomposição de pavimentos, plantio de mudas e grama e resgate da fauna. Todo o processo de execução do desassoreamento segue os protocolos ambientais para que não haja impacto na natureza e no entorno do lago. O cronograma está dentro do previsto e atende a 70 condicionantes apontadas pelo IAT (Instituto Água e Terra), assegurando que seja executado de forma sustentável e responsável a fim de aumentar a vida útil do lago.
De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente de Cascavel, Nei Haveroth, a draga ficou vários meses próxima à ponte de lago e, a partir de agora, estará na parte Oeste. Com isso, será mudada a tubulação margeando o lago. “Recomendamos que as pessoas não se aproximem muito da tubulação, principalmente, quando a dragagem está em operação da tubulação, que respeite uma distância da margem do lago, porque imprevistos sempre podem acontecer”, alertou.
De acordo com Haveroth, os trabalhos estão avançados visto que a previsão de prazo pelo contrato que a Sanepar tem com a empresa é até fevereiro, porém, já se trabalha para entregar todo trabalho concluído até dezembro, juntamente com a recuperação das margens, restando apenas o trabalho de recomposição do local onde estão sendo depositados os sedimentos. Sobre a ilha de refúgio dos animais, o secretário explicou que foi feita uma ampliação no tamanho e na altura e que, agora, está sendo colocada a grama. “Vamos fazer ali o plantio de algumas espécies, mas que ela fique de uma forma rala, para que as pessoas contemplem os animais, a fauna (animais) vai estar utilizando essa ilha como um refúgio, para ela se transformar num embelezamento também postal aqui do nosso Lago”, salientou.
O serviço está sendo feito pela a Construtora Hamirisi, pelo valor de R$ 3.870 milhões. A proposta é que depois de pronta, o Lago fique limpo, assim como era no começo em que foi criado, no ano de 1980.
Foto: Sanepar
