Cascavel fechou o primeiro quadrimestre do ano com uma forte queda de arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços). Os repasses da cota-parte do tributo estadual apresentaram queda de R$ 5,5 milhões em relação ao primeiro quadrimestre do ano passado. Se for levada em consideração a inflação, a perda chega a R$ 9 milhões.
Nos primeiros quatro meses do ano, Cascavel recebeu repasse R$ 52,6 milhões, contra R$ 58,1 milhões do primeiro quadrimestre de 2022. A queda é de 9,4%, mas que com a inflação chega a 15,2%.
A crise desencadeada pela pandemia e a guerra na Ucrânia desaceleraram a economia mundial. No Brasil, soma-se ainda a cautela do setor produtivo nos primeiros meses do ano, o que sempre acontece quando há transição de governo.
No mês passado, se antecipando aos futuros impactos na arrecadação, o prefeito Leonaldo Paranhos tomou medidas preventivas de cortes, entre elas redução no próprio salário, do vice e dos secretários, além de suspender novas nomeações de servidores e determinar economia com outros gastos, como combustíveis, por exemplo.
“A conjuntura econômica, não só no Brasil, mas no mundo, fez com que a gente se antecipasse para ter o mínimo possível de impacto. Essa desaceleração da economia já estamos sentindo desde o fim do ano passado. Criamos o Comitê Estratégico Financeiro para acompanhar e avaliar o momento econômico e tomar as decisões que sejam necessárias”, destaca o prefeito. “Não gosto de falar em crise, mas se o ICMS teve essa queda forte, isso mostra que a população está comprando menos e, consequentemente, temos menos recolhimento de tributos”, afirma o prefeito.
O secretário de Finanças, Gelson Uecker, explica que ao mesmo tempo em que há queda na arrecadação, os custos do Município não param. “Muitos podem estar pensando que R$ 52 milhões é, ainda, uma arrecadação grande, mas é preciso enfatizar que tivemos uma queda significativa. Cascavel tem um ritmo forte de gestão, sempre buscando investir em melhorias para a população. Nós precisaríamos de aumento e não de queda, como está acontecendo na questão do ICMS”, afirma o secretário.
Crédito: Secom/Foto: Silvia Soluzynski