Iguatu – Dois ex-prefeitos disputam o principal cargo eletivo de Iguatu, município de pequeno porte e perfil agrícola a 50 quilômetros de Cascavel. O agricultor Vlademir Barella concorre pelo PSD e Martinho Lucas de Godoy pelo PMDB. Embora em trincheiras eleitorais opostas, os dois almejam a mesma coisa: suceder o petista Flávio Brandão na prefeitura.
Formado em Pedagogia e agricultor de ofício, Barella nasceu em Corbélia e há 32 anos mora em Iguatu. Ele deu os primeiros passos na vida pública a partir de 1996 quando foi candidato a prefeito e se elegeu. Foi reeleito quatro anos mais tarde. Depois de uma temporada de 12 anos afastado de um cargo eletivo, Barella entende que chegou a hora, novamente, de colaborar com o futuro do município que escolheu para viver.
Ao lado do candidato a vice Francisco Gandra (PP), Vlademir Barella terá como principais compromissos com a comunidade, se for eleito em 2 de outubro, trabalhar pela geração de emprego e renda na cidade e interior. Um dos meios que o candidato a prefeito considera mais eficientes para atender a esse objetivo é atrair empresas e estimular novos negócios. “Tenho várias conversas adiantadas e vamos gerar 120 novos postos de trabalho apenas nos seis primeiros meses de gestão”, diz ele.
Além do PSD e do PP, a coligação de Barella e Gandra ainda é formada pelo PSL, PMN e Solidariedade. Mudar o status da Unidade Básica de Saúde para Unidade de Pronto-Atendimento é outra das propostas do candidato de oposição, bem como zerar as filas a quem busca exames e consultas. Recuperar áreas que ele afirma estarem abandonadas, como esporte e lazer, também integram o rol de propostas que Vlademir Barella apresenta à comunidade de Iguatu.
Saúde e empregos
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Natural de Rio Bom, no Norte do Paraná, Martinho Lucas de Godoy está em Iguatu desde os primeiros meses de vida. “Meus pais me trouxeram quando eu tinha apenas dez meses. Faz exatamente 52 anos”. Casado e pai de três filhos, Martinho é pós-graduado e formado em História.
Ele é professor de carreira há 32 anos. Martinho diz que decidiu entrar para a vida pública para colaborar ainda mais com a comunidade e então se candidatou a prefeito na metade da década passada. Foi eleito em 2004 e, reeleito, cumpriu então oito anos de gestão consecutivos.
O candidato reconhece que, diante de tantas mudanças que afetam a vida pública no País nos últimos anos, os gestores precisam se reinventar. Para que os resultados apareçam e sejam consistentes, mesmo em um período de redução de receitas, é necessário planejar, trabalhar sob orientações técnicas e investir o dinheiro do contribuinte em ações que garantam respostas rápidas e positivas. Crises e oscilações de repasses são situações comuns no Brasil e às quais os prefeitos e homens públicos precisam estar preparados, por isso empregar ferramentas modernas e confiáveis é imprescindível, afirma Martinho.
O peemedebista tem como candidato a vice Carlos Moreira Pinto, do PSB. A coligação de Martinho e Carlão é formada ainda pelo PSC e PT. As áreas que o ex-prefeito pretende priorizar, caso eleito em 2 de outubro, são saúde e agricultura. “Precisamos contratar mais médicos e outros profissionais e na agricultura vamos criar políticas de incentivo de olho em produções maiores e mais rentáveis aos produtores. Um dos focos é estar atentos às questões da sustentabilidade e da proteção ambiental”, segundo Marinho.
