O acidente de moto é uma realidade no trânsito brasileiro. Só no ano passado foram 167 mil eventos, totalizando 54% dos acidentes de trânsito, segundo dados levantados pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet). No estado de São Paulo, 1.737 motociclistas perderam a vida, segundo o Infosiga SP. O fator humano é o principal causador de fatalidades no trânsito, pois 94% dos acidentes fatais são causados por negligência de condutores ou pedestres. A conclusão é que muitas dessas mortes poderiam ser evitadas. Diante disso, a Zapay, startup de tecnologia focada em facilitar a vida dos proprietários de veículos, traz cinco dicas para prevenir acidentes de moto e como agir caso ocorram.
1 – Use equipamentos de segurança
O uso obrigatório do equipamento de proteção não deve ser negligenciado. É ele que pode fazer a diferença em caso de acidentes. O motociclista deve ficar atento ao tamanho adequado do capacete (não pode ficar folgado na cabeça), e usá-lo sempre bem afivelado e dentro do prazo de validade. Existem os capacetes abertos, mas não são ideais pois oferecem menos proteção e deixam o rosto e maxilar vulneráveis em caso de uma queda. Além disso, utilizar botas, luvas, calças e jaquetas apropriadas completa o equipamento mínimo que todo condutor de moto deve vestir antes de sair de casa.
2 – Saia do ponto cego
A justificativa mais comum nos acidentes que envolvem motos é o motorista afirmar que não viu a motocicleta, e isso pode ser verdade por causa do ponto cego. Esse termo nada mais é que a área não coberta pelos espelhos retrovisores, ou quando outras partes do veículo impedem a visão do condutor. Portanto, ao andar ao lado de carros, ônibus ou caminhões, é preciso que o motociclista esteja atento para não ficar no ponto cego e, assim, sujeito a uma “fechada” a qualquer instante. A dica é ficar posicionado dentro do campo de visão dos outros motoristas.
3 – Cautela com os cruzamentos e conversões
Acidentes graves também ocorrem em pontos de cruzamento e conversão das estradas e avenidas. Por isso, ao estar próximo de um veículo aguardando para cruzar a pista, é recomendável diminuir a velocidade e avisar da sua aproximação por meio da buzina ou do farol alto. Ainda assim, é necessário diminuir a velocidade e ter a atenção redobrada: o motorista pode estar desatento e cruzar a sua frente, causando um grave acidente.
4 – Cuidado com pedestre
Os dados de acidentes de trânsito com pedestres são tão alarmantes quanto os de motoqueiros. O motociclista deve estar atento, mesmo com o trânsito parado, ao passar por ônibus e veículos altos, pois sempre pode aparecer um pedestre, principalmente em áreas de grande circulação de pessoas e em horários de pico, como hospitais, igrejas, escolas, supermercados e estações de metrô. Nesses casos, a forma mais segura para evitar fatalidades é andar em velocidade reduzida compatível com a via, para que seja mais fácil a frenagem de emergência.
5 – Não aproveite brechas de semáforos
Os cruzamentos com semáforos são um perigo para motociclistas, ainda mais para motoboys. A “mania” de aproveitar o sinal amarelo para acelerar, pode causar diversas lesões e óbito, portanto, seja motociclista ou não, não acelere ao ver o sinal amarelo, pois ganhar alguns minutos pode custar vidas. E mesmo que o sinal fique verde, certifique-se de que os outros veículos pararam, pois pode haver algum motorista que queira aproveitar a luz amarela.
Direitos em caso de acidentes
O Seguro DPVAT é o principal direito em caso de acidentes de trânsito. O próprio nome já diz: Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres, ou por sua Carga, a Pessoas Transportadas ou Não. Esse seguro busca amparar as vítimas de acidentes de trânsito em todo o território nacional, não importando de quem seja a culpa. São muitas particularidades em cada situação de acidente, mas, de maneira geral, os envolvidos têm direito ao DPVAT em caso de morte, invalidez permanente e direito a Despesas de Assistência Médica e Suplementares (DAMS).
A cobertura de DAMS abrange despesas médico-hospitalares em estabelecimentos credenciados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e despesas suplementares, como fisioterapia, medicamentos e equipamentos ortopédicos. As DAMS não cobrem quando os serviços foram cobertos por outros planos privados de saúde, exceto parcela não coberta, e despesas não especificadas sem relatórios e notas fiscais correspondentes. Além disso, o DPVAT não cobre danos materiais aos veículos, acidentes fora do Brasil, multas e finanças.
Boletim de Ocorrência
Quando não há vítimas do acidente, o boletim de ocorrência pode ser feito pessoalmente ou pela internet, em alguns estados. Em caso de vítimas, o BO é obrigatório e deve ser feito pessoalmente. É preciso também acionar os serviços de emergência para receber o auxílio médico necessário. Além disso, é necessário o relato preciso de como ocorreu o acidente, e é fundamental apresentar os documentos necessários para registrar a ocorrência: RG, CPF, telefone e endereço.
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