Saúde

Covid-19: Com baixa procura, 10 mil vacinas vencem e serão “descartadas”

As doses tinham vencimento nos dias 5, 15 e 16 de agosto, mas não foram aplicadas

Covid-19: Com baixa procura, 10 mil vacinas vencem e serão “descartadas”

Cascavel – A principal arma contra a Covid-19, que é a imunização, já não está sendo uma das principais prioridades da população, que amargou por meses o medo e tensão com a pandemia. Mesmo com os altos números de casos, óbitos e de mudança de todo sistema de saúde por causa da doença, com a liberação das máscaras e queda nos números, a “sensação de alívio” acabou fazendo com que muitas pessoas deixassem de buscar o reforço da vacinação contra a doença.

Como reflexo da falta de interesse da população, começam a surgir os efeitos e, nesta quarta-feira (17) como a reportagem do Jornal O Paraná adiantou em edição ainda no mês de julho, cerca de 10 mil doses do imunizante da Astrazeneca acabaram passando da validade e terão que ser descartadas. As doses tinham vencimento nos dias 5, 15 e 16 de agosto, mas não foram aplicadas. As unidades de saúde devolverão as doses que ficarão armazenadas no PMI (Programa Municipal de Imunização) até nova orientação da 10ª Regional de Saúde.

Conforme o PMI, as doses vão ficar nos refrigeradores por orientação da própria Sesa (Secretaria de Estado da Saúde). De acordo com o setor, isso ocorreu mesmo com as campanhas convocando a população para imunização. Com a procura baixa, sobraram doses e, agora, o Ministério da Saúde recolherá e dará a devida destinação às vacinas. O PMI de Cascavel reforça que “não houve perdas por desleixo ou abandono”, já que as orientações do Memorando Circular 90/2022, da Sesa, sobre vacinas contra a Covid-19 com validade próximos ao vencimento, foram seguidas à risca.

Em julho, já havia o perigo do descarte de um total de 3,5 mil doses da vacina da Pfizer que estavam próximas do vencimento, porém, as doses foram todas aplicadas. Na semana passada, a 10ª Regional de Saúde de Cascavel fez um descarte de 460 doses, sendo 435 da CoronaVac e 30 da Pfizer, recolhidas nos 25 municípios que compõe a regional.

Crianças

Outro público que tem baixa procura para imunização é o infantil. Segundo levantamento realizado nas unidades de saúde de Cascavel, apenas 5% das crianças de 3 e 4 anos foram imunizadas contra a Covid-19 até o último dia 12. As crianças estão desprotegidas contra a doença o que preocupa o setor que trabalha para atingir o maior volume de cobertura vacinal.

Para a saúde municipal, isso demonstra que a vacinação não está sendo levada a sério e mesmo com os esforços das equipes e toda divulgação, a procura está sendo muito baixa. A imunização para crianças de 4 anos está liberada desde o dia 28 de julho e de 3 anos desde 4 de agosto. Até agora, das 11 mil crianças nesta faixa etária apenas 527 foram vacinadas. O alerta da Secretaria de Saúde é para que os pais levem seus filhos às unidades de saúde. Atualmente, a vacinação contra a Covid-19 para as crianças ocorre sempre nas quintas e sextas-feiras, em todas as unidades de saúde, a partir das 8h. O PMI recomenda levar a carteirinha de vacinação para manter o documento atualizado e, além disso, é obrigatório o uso de máscara dentro das unidades de saúde.

Foto: Secom

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Cascavel tem mais um caso da varíola dos macacos confirmado

Cascavel – A Secretaria de Estado da Saúde divulgou, ontem (17), o boletim semanal da varíola dos macacos que confirmou mais um caso em Cascavel e 31 novos casos em todo o estado, passando de 52 para 83 os confirmados. A maioria deles, 72, são da capital e os outros do interior do estado. A maior parte dos infectados, ou seja, 77 pacientes são homens e tem de 30 a 39 anos. Segundo o boletim, a cidade tem ainda mais 6 casos suspeitos.

O período de incubação da doença é de 5 a 21 dias e que pacientes positivos. Em geral, a doença acaba não sendo tão perigosa, mas existe um público que é mais suscetível, no caso de pessoas imunossuprimidas, crianças e gestantes, público que deve ter um cuidado ainda maior para não se contaminar.

A varíola é uma doença zoonótica viral, cuja transmissão para humanos pode ocorrer por contato com animal ou outro humano infectado, ou ainda com objetos contaminados. Os sintomas podem durar entre 2 a 4 semanas, e incluem erupção cutânea, febre, calafrios, exaustão, cefaleia, adenomegalia, dores musculares, dores nas costas, dor retal, sangramento retal e edema peniano. A pessoa infectada só deixa de transmitir o vírus quando as crostas desaparecem da pele.