Maringá – O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, participou ontem (19) em Maringá, de um encontro sobre o PRI (Planejamento Regional Integrado). Ele destacou o trabalho desenvolvido pelas Regionais de Saúde e a importância da regionalização do atendimento. “O grande projeto do Governo do Paraná para a saúde é regionalizar, levar ela para mais perto das pessoas, valorizar o Sistema Único de Saúde, visando o benefício da sociedade, que é usuária do serviço. Agora, com a pandemia mais controlada, é o momento de revisarmos este trabalho iniciado em 2019, com as prioridades que foram colocadas e ponderarmos a importância de cada uma delas, considerando a nossa realidade atual”, disse.
O Grupo Condutor Estadual organizou as oficinas do PRI iniciando em Maringá (Macrorregião Noroeste) e Londrina (Macrorregião Norte, entre os dias 20 e 21). Na próxima semana será em Foz do Iguaçu (Macrorregião Oeste, dias 25 e 26) e Paranaguá (Macrorregião Leste, dias 28 e 29).
O secretário destacou pontos importantes que devem ser incluídos na elaboração destes documentos. “Temos algumas questões que são indispensáveis do ponto de vista da saúde pública, principalmente após a pandemia da Covid-19, como a retomada dos procedimentos cirúrgicos eletivos, o cuidado com a Atenção Primária, o que faremos com os que tiveram sequelas desta doença e como expandiremos o atendimento da saúde mental”, destacou.
Ainda durante a reunião, houve a apresentação dos índices de adesão por parte dos municípios nos mais diversos pontos de atenção da Saúde, com destaque para as ações voltadas ao combate da Covid-19 em todo o Estado. As considerações incluem a diminuição na procura por vacinas já elencadas no PNI (Plano Nacional de Imunizações) e exames comuns do SUS, considerando a preocupação da população voltada somente para o coronavírus.
“Temos que caminhar entre esses desafios que nos foram colocados neste período de pandemia e retomar a construção deste documento que norteia as ações de maneira regionalizada, baseado na necessidade individual e coletiva de cada região. Precisamos criar condições para debater esse planejamento ascendente e avançarmos de maneira objetiva e resolutiva, visando o bem comum da sociedade”, concluiu Beto Preto.
Paraná quer manter leitos de UTI
Representantes da Secretaria estadual da Saúde (Sesa) discutiram com integrantes do Ministério da Saúde, em Brasília, o cenário pós-Covid-19, tendo como principal assunto a manutenção e destino de 600 leitos de UTI habilitados no Paraná ao longo da pandemia. O objetivo é manter essas vagas ativas mesmo com a queda no número de internações, realocando a estrutura para o tratamento de outras doenças. Para isso, o Estado solicitou uma contrapartida do governo federal dentro do SUS.
Para o secretário Beto Preto, a ida da comitiva à capital federal no início da semana traça um novo cenário para a Saúde, mudando o foco da estrutura hospitalar, hoje voltada para os casos da Covid-19. “O custeio das UTIs abertas na pandemia está garantido pelo Ministério até dezembro deste ano. O desafio agora é a manutenção deste custeio para 2022, que o Paraná e outros estados pedem ao Ministério da Saúde, mesmo com o cenário do fim da crise sanitária”, disse.
A comitiva do Paraná também reafirmou a necessidade do Ministério da Saúde publicar a portaria que dispõe sobre os recursos das cirurgias eletivas, para que possam ser iniciadas já neste ano.