Cascavel – O MPF-RS (Ministério Público Federal) do Rio Grande do Sul promoveu durante a semana audiência pública para debater formas de minimizar os impactos ocasionados pela pulverização das lavouras com agrotóxicos.
A engenheira agrônoma Andrea Morschbächer, representante da Areac (Associação Regional dos Engenheiros Agrônomos de Cascavel), participou do encontro no Rio Grande do Sul e aproveitou para ressaltar a vanguarda paranaense em boas práticas desenvolvidas para reduzir o impacto dessas aplicações nas lavouras e dentro de uma rigorosa legislação ambiental. “Novos ventos sopram a favor do nosso país nesse sentido”, disse. “Nós, técnicos e produtores, temos o compromisso de utilizar cada vez menos quantidade de produtos químicos, porém, se fazemos uso, não é por vontade, mas pela necessidade”.
Entre as boas práticas já presentes no Paraná constam: plantio direto, rotação de culturas, escolha de cultivares, manutenção e regulagem dos pulverizadores, uso adequado dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e uso correto e equilibrado dos insumos.
O Paraná consegue oferecer segurança alimentar, aliando quantidade com qualidade, sempre respeitando o meio ambiente, conforme explica Andréa. “Utilizamos um sistema produtivo intenso, com práticas de conservação, indicadores biológicos [apicultura e criação de peixes], mantendo a integridade biológica do ar e de água”.
A experiência recebeu o reconhecimento dos procuradores do Ministério Público Federal, contribuindo ainda para uma reflexão de que, bem feita, a agricultura é de fato uma atividade econômica que contribui com a preservação ambiental.
A audiência contou com representantes de diversos segmentos da sociedade em torno do assunto: da cadeia produtiva, da área de saúde, dos consumidores, da pesquisa agropecuária, da extensão rural, dos agentes públicos de fiscalização ambiental, Ministério da Agricultura, Crea-RS e engenheiros agrônomos paranaenses presentes.