Brasília – Sindicatos de todo o País preparam uma greve nacional para a próxima terça-feira (5) em protesto contra a Reforma da Previdência. Segundo os líderes sindicais, a reforma “acaba com o direito à aposentadoria dos trabalhadores brasileiros”.
A intenção do movimento é repetir a estratégia da greve geral de 28 de abril, definida pelos sindicalistas como a maior do País em três décadas. Para isso, pretendem paralisar o transporte coletivo nas principais capitais e dificultar ou impedir o deslocamento de pessoas rumo ao trabalho.
A greve está marcada para a véspera da possível votação da Reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.
Por enquanto, a greve está sendo encabeçada pelas nove centrais sindicais (CUT, UGT, Força Sindical, CTB, Nova Central, Intersindical, CSB, CGTB e CSP-Conlutas) do País, a quarta deste ano.
Depois de abril, as centrais convocaram greves para 30 de junho e 10 de novembro, mas ambas tiveram baixa adesão, em especial de trabalhadores do transporte, que temiam ser multados pela Justiça. O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, disse que o objetivo é reforçar a mobilização nesse setor.
Para os líderes sindicais, a Reforma da Previdência “incomoda mais” que a reforma trabalhista e por isso eles esperam uma adesão maior. “Todo brasileiro independentemente da categoria tem motivo de sobra para cruzar os braços e ir às ruas no dia 5 de dezembro. Todos sofremos com o desmonte da Previdência”, disse o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, em declaração publicada pelo site da central.