Boa Vista da Aparecida – Implantado pelo Instituto Emater em Boa Vista da Aparecida há aproximadamente nove anos, o programa Trator Solidário tem gerado grandes benefícios ao agricultor familiar. Ao longo desse período, foram repassados 12 tratores para os pequenos produtores locais e os resultados são muito bons.
O maior benefício é a independência. “Acho ótimo, pois agora, se eu preciso fazer o serviço, é só fazer e ainda ajudo os vizinhos”, conta o produtor de leite Luiz Antonio Rodrigues de Jesus.
Por meio desse programa, Luiz tem a independência que sempre sonhou e com facilidade no pagamento. Segundo ele, se precisasse desembolsar R$ 85 mil – que é o valor do veículo -, isso não iria acontecer. “Com o programa ficou mais fácil, porque, se fosse para juntar o dinheiro, eu não conseguiria, assim é fácil pagar e as parcelas são para quitação em dez anos”, completa o produtor.
O programa motivou o produtor a ir mais além e acabou de adquirir também implementos agrícolas, como ensiladeira, conchinha, basculante, pé de pato e bomba de veneno. E agora, além de cuidar da sua propriedade, também faz serviços para as propriedades vizinhas.
“A maioria dos tratores vem para os produtores de leite que precisam de silagem. A silagem tem no máximo uma semana para ser feita, tem um ponto certo, se passou daquele ponto já perde muito e se faz adiantado perde a qualidade”, explica o técnico do Instituto Emater Édio de Oliveira.
O técnico reforça que os agricultores interessados devem procurar o escritório local da Emater. “Eles devem nos procurar, contar para nós a situação, e se realmente precisa desse trator. Há critérios para se encaixar no programa. Depois dessa análise enviamos a pré-proposta para o escritório regional. Se nos encaminharem de volta, é porque foi aprovado e encaminhamos o projeto para o banco”, explica.
Édio comemora os bons resultados do programa para os agricultores boavistenses: “Foi um programa muito bem planejado. Ele veio ao encontro da necessidade dos agricultores. O agricultor, para tirar R$ 85 mil do bolso, não teria condições. A maioria paga o trator com a prestação de serviço”, revela o técnico.