Brasília – Com os preços dos alimentos em alta no mercado interno e o real fraco aumentando a demanda externa por produtos brasileiros, o governo suspendeu, novamente, a alíquota do imposto de importação de milho, soja, óleo de soja e farelo de soja. A medida valerá até o fim do ano.
Em outubro do ano passado, a Camex (Câmara de Comércio Exterior) já tinha zerado o imposto de importação para o milho até 31 de março deste ano e, para a soja e derivados, até 15 de janeiro de 2021. De acordo com o Ministério da Agricultura, isso não foi suficiente para estabilizar os preços no mercado nacional.
“A expectativa naquele momento era de que haveria estabilização nas cotações externas e a safra de grãos, em 2021, teria uma produção suficiente, de modo a reequilibrar a relação de preços com as proteínas animais, reduzindo a pressão de custos para as indústrias integradoras. Porém, as cotações internacionais tiveram comportamento de alta, pressionando ainda mais os preços internos”, explicou a Pasta, em nota.
Com o fim do tributo, a importação de milho pelo Brasil subiu 123% de janeiro a março deste ano, alcançando US$ 118 milhões (681 mil toneladas). Em relação à soja, houve aumento de 140% na importação no primeiro trimestre, quando foram compradas 211,8 milhões de toneladas (US$ 79,05 milhões).